Amarrações das bruxas para casamento
Cotton Mather ( 1663 – 1728) foi um célebre demonologista e o autor notória da obra «Wonders of the invisible world», (1693) , um grimório muito influente nos círculos do oculto e da demonologia. Na sua obra, Cotton Mather observou que a magia negra enquanto arte de invocação de demónios para com eles negociar as demandas que se deseja, é uma ciência perigosa. Por tudo isso, esta arte oculta foi classificada pelos autores na Idade Media, e até em épocas subsequentes, de «magia perigosa» ou «magia demónica», uma vez que recorre de demónios e espíritos de trevas para alcançar os seus fins. No século XVII, Cotton Mather observava e relatava como as magia, as bruxas e a bruxaria chegaram em força o Novo Mundo, com os primeiros colonos que desembarcavam na baía de Massachussets. Foi também Mather que acabou por testemunhar os eventos ocorridos no histórico caso das bruxas de Salem. Afirmava Mather que «O Diabo que antes imitava os costumes da Igreja antiga do velho mundo, agora imita os novos costumes da nova igreja no Novo mundo». O demonologista sem saber, estava-se a referir àquilo que mais tarde viriam a ser os Estados Unidos da América.
O famoso demonologista Mather descreveu como por isso, as bruxas se costumam organizar de forma extremamente semelhante ás igreja congregacionais, assim como que também tinham ritos como a Ceia e o Baptismo. Afirma também que a bruxa já não era apenas aquela velha pessoa morando á parte e sozinha nalgum canto remoto e levando uma vida eremítica, mas sim que as bruxas já habitavam nas cidades, nas vilas, em vários pequenos e grandes distritos e condados, e até mesmo nas grandes cidades. Nessa altura, começaram a edificar-se conventículos, ou colmeias de bruxas. Por tantos conventículos terem começado a surgir nas colónias americanas do continente Americano, é que nesses tempos o próprio termo «conventículo» deixou de ser usado para definir apenas uma assembleia de natureza religiosa, par designar uma reunião de bruxas, e até mesmo um lugar de prostituição.
Esses conventículos ou seitas satânicas, eram geralmente compostos por treze pessoas, número que muito agrada do Diabo. Por volta dos anos de 1596-97, havia pelo menos cinco conventículos apenas na área de Aberdeenshire, na Escócia. Por volta dos anos de 1582, dezasseis bruxas pertenciam a um conventículo em st. Osyth. Já noutro caso, dez foram as bruxas que formaram um conventículo que infestou de magia negra e bruxaria a área de Waltham e Hedingham, no Reino Unido. Nessas seitas, quando a invocação do demónio era bem-sucedida, ele incorporava no corpo de um homem através de possessão demoníaca, e presidia aos rituais da bruxas. Em Jersy, havia um homem cuja a alcunha era «Le Tchéziot», em que o diabo incorporava frequentemente. Nos anos de 1481, havia um outro bruxo en Neuchâtel, que incorporava um demónio de nome Robin. Já por volta dos anos de 1315, Enguerrand de Marigny, que havia sido o assistente-chefe do Rei Filipe IV de França ( 1268 -1314), pertencia igualmente a uma seita satânica, e estava também ao serviço do notório bruxo Jacobus de Lor e sua esposa, também bruxa. Era nestes conventículos ou assembleias satânicas, ( sempre organizadas secretamente), que se reuniam as bruxas não apenas para prestar culto a Satanás, com para realizarem em conjunto das mais fortes bruxarias. E era nesses conventículos, que as bruxas em conjunto celebravam as famosas amarrações para casamento. Tamanha era a força dessas amarrações muitas das vezes celebradas por treze bruxas em conjunto, que muitos casamentos acabaram por se celebrar, assim como outros por se arruinar, e outros ainda feitos durar.
Por volta dos anos de 1662, existiu uma famosa bruxa, a bruxa Isobel Gowdie, de Auldearne. A bruxa participava em vários Sabbat satânicos realizados num conventículo que frequentava habitualmente, como se de uma igreja denominacional ou congregacional se tratasse. Nesses cerimónia entregou-se lascivamente e indiscriminadamente a demónios invocados durante ritos satânico, e depois aprendeu desses mesmo demónios as mais fortes e infernais formulas para todo o tipo de bruxarias. O célebre grimório Demonology (1597) do Rei James I de Inglaterra ( 1566 –1625), faz-nota que isso acontece, porque por força do contrato estabelecido no Pacto com o Diabo, o próprio demónio compromete-se a ensinar ás bruxas as artes ocultas, assim como os seus mais profundos e fortes segredos, coisa que ele pode facilmente fazer, pois nelas é o maior Mestre, Senhor e Criador. E foi, como ainda é nos dias de hoje, nestes conventículos ou assembleias de magia negra, que se celebram os mais infalíveis, poderosos e irrebatíveis bruxedos. Alguns deles, são amarrações para casamentos. As mais fortes amarrações que tanto fazem um casamento acontecer, como o podem fazer desfazer.
Demonologistas famosos como Cotton Mather ( 1663 – 1728) de Nova Inglaterra apontavam os estudos de William Perkins como referencias incontornáveis sobre a magia negra, a bruxaria, as bruxas, e os trabalhos de magia negra. Nestas obras destes demonologistas, pode-se observar que a verdade é que todos os bruxedos e trabalhos de magia negra, acabam por produzir os seus efeitos através de maldiçoes e possessões demoníacas que são direccionadas e infligidas a uma certa criatura. Nesses casos a vítima é infestada e faz-se-lhe sofrer padecimentos e assombrações espirituais até que ela ceda aos objectivos do bruxedo. Cedendo as assombrações a padecimentos cessam, e porem teimando em resistir então os padecimentos e tormentos persistem a assombrar a vítima, aumentando paulatinamente, até ao ponto da sua desgraça. Não há escapatória, e é assim que operam as bruxarias. E por isso, a pessoa não tem alternativa senão ceder. Exemplo disso pode-se obter no notório caso das bruxas de Colonia, na Alemanha. O caso sucedeu entre 1625, quando se soube que a celebra bruxa Catherine Henot tinha embruxado algumas freiras do convento de St. Claire. A verdade é que por consequência do bruxedo, as freiras começaram a entregar-se a heréticos comportamentos lascivos, assim como manifestavam sinistros sintomas de possessão demoníaca. Aqui se demonstrava a força imparável de um bruxedo de magia negra. E é dessa poderosa maneira que esses bruxedos tanto pode salvar um casamento, como fazê-lo mirrar até se dissolver.
Anna Maria Schwagel (1775) foi uma notória bruxa da Baviera. Por volta dos seus trinta anos, Anna Maria Schwagel foi abordada por um cocheiro bem parecido, bem-falante e bem apresentado. Vestido sempre de negro e conduzindo um sumptuoso coche negro puxado por belos cavalos negros, o cocheiro foi fazendo as suas misteriosas aparições,e foi-se insinuando até seduzir a mulher. O cocheiro prometeu casar com ela, na condição de Anna Maria renunciar á fé cristã, e passar a adorar apenas ao Diabo. Anna Maria Schwagel renunciou á fé cristã, celebrou pacto com o Diabo, e teve relações carnais com ele. O prometido «casamento» estava assim selado, uma vez que todas as bruxas são amantes e concubinas do Diabo, e assim é o casamento do demónio. Tendo isto acontecido, o cocheiro desapareceu tão misteriosamente como tinha aparecido. Desapareceu, porem havendo-a transformado numa bruxa, pois que a mulher havia sido levada a celebrar Pacto com demónio. Anna Maria foi depois misteriosamente levada a conhecer um frei Augustino, que também já tinha profanado os seus votos, tornando-se um padre satânico. Foi com ele que Anna Maria Schwagel recebeu os conhecimentos das artes da magia negra, e começou a celebrar trabalhos de magia negra que a tornaram célebre. Como a promessa que o Diabo lhe tinha feito fora de uma promessa de casamento, a bruxa passou então a celebrar trabalhos de magia negra relacionados com casamentos, fosse para os promover, fosse para os acabar, fosse para o adultério. As suas amarrações eram as mais poderosas, e tão espantosas que se tornaram lendárias.
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