Amarração da vela
O uso de velas magicas pelos bruxos em trabalhos de magia negra é uma prática ancestral, que se perde na memoria dos séculos. È na verdade uma variação do uso de bonecos de cera, e hoje em dia é replicado pelo uso de fotos. Em muitos grimórios de magia negra, é explicado que a forma de usar a vela nas amarrações da vela, é primeiro identificá-la com a pessoa que se quer embruxar. Assim, baptiza-se a vela conforme se baptizaria a pessoa em questão, só que baptiza-se a vítima em nome do Diabo, e não em nome de Deus. Há uma fórmula oculta para se fazer esse procedimento, e apenas bruxos conhecedores dos antigos grimórios de magia negra a conhecem verdadeiramente. Não se usando desse baptismo da forma correcta, a vela continuará a ser apenas uma vela sem qualquer ligação á pessoa que se quer embruxar, e por isso é inútil para fins de magia negra. Porem, usando-se da fórmula certa de unção e consagração da vela, e depois fazendo-se o baptismo ao Diabo da forma correcta, então a vela ganhará uma ligação espiritual á pessoa que se pretende embruxar, e dai em diante estão abertas as portas á amarração dessa criatura.
Há exemplos históricos do uso deste tipo de velas em amarrações poderosas que ficaram célebres. Em 1490, uma bruxa que vivia em Londres, de nome Johana Benet , usou de uma tal vela para embruxar e lançar uma amarração a um homem que desejava. E teimando o homem em não ceder aos desejos da bruxa, então o homem começou a ceder padecimentos de uma tal forma, que passados tempos começou a definhar. O caso é verídico, e foi testemunhado pelo comissario de Londres. Outro caso que ficou famoso, foi o da bruxa de Norwich ocorrido em 1843. A bruxa de nome Mrs. Bell usou de uma vela na qual derramou gotas do seu próprio sangue de bruxa, e aparas de unhas de um homem desejado, estando a vela assentada na concha de uma ostra, símbolo de Vénus e dos demónios da luxuria. Baptizando a vela pelo nome do homem, e depois cravando na vela de agulhas metálicas ao mesmo tempo que proferia um encantamento em Latim, a bruxa lançou uma imensa maldição sobre a vitima. Passados tempos, o homem não conseguia mexer as pernas, e ficou acamado. A verdade é que o homem sendo casado, tentou resistir ao chamamento da amarração bruxa. Quanto mais resistia, mais a infestação de bruxaria alastrava na sua alma, infectando-o de pestilência e trevas. Tanto o homem teimou, que acabou prostrado numa cama, e com o casamento arruinado. Os tormentos só lhe passaram, quando o homem se foi deitar com a mulher que o tinha mandado amarrar.
Um outro caso célebre do uso das amarrações da vela, foi o caso sucedido França, com a jovem Marie-Catherine Cadiére.( n. 1709). Marie-Catherine Cadiére era uma lindíssima jovem de dezoito anos, quando apesar da sua beleza decidiu entregar-se á vida religiosa. Decidiu integrar um grupo cristão de oração e devoção, para depois ingressar no convento de St Claire-d’Ollioules. Entregou-se então aos cuidados e orientação espiritual de um padre Jesuíta de cinquenta anos, de nome Jean-Baptiste Girard. Em pouco tempo a jovem e bela donzela de dezoito anos estava totalmente rendida ao padre Girard, privando com ele imenso tempo. Porem, a jovem começou a sofrer estranhos ataques espirituais. Marie-Catherine Cadiére estava a sofrer de uma forte possessão demoníaca. Sofria de episódios nos quais perdia o controlo sobre o próprio corpo, exibia olhos descolorados e feições demoníacas assustadoras, a sua voz mudava para a voz de um homem, e foi certa vez vista levitar até ao tecto, ou subir por uma parede como uma aranha. As autoridades da Igreja agiram imediatamente de forma a exorcizá-la, tentando por três vezes a libertação da jovem, porem sem sucesso. Foi durante um dos exorcismos, que o próprio demonio revelou a verdade: Marie-Catherine Cadiére tinha sido embruxada pelo padre Jean-Baptiste Girard. O padre era na verdade um padre satânico que havia corrompido os seus votos sacerdotais e feito pacto com o Diabo. Desejando possuir a jovem noviça, o padre Girard tinha-a embruxado por meios de uma amarração de vela. A amarração funcionou impecavelmente, pelo que a jovem se entregou inteiramente ás caricias e lascivos desejos do padre satânico. Porem, havendo a jovem começado a resistir á continuação daquele relacionamento herético e proibido, então a possessão demoníaca causada pelo bruxedo aumentou a tal ponto, que o malefício se tornou visível diante de todos quando os sintomas de possessão demoníaca se tornaram muito evidentes. E os padecimentos só cessaram, quando a jovem se voltou a entregar carnalmente ao padre satânico.
Assim se comprovava aquilo que dizem os mais antigos grimórios de magia negra: as amarrações e as bruxarias fazem a vítima ser invadida de forte possessão demoníaca, por forma a obriga-la a ceder aos desejos do mandante do bruxedo. Cedendo a vítima entrega-se a todos os caprichos do mandante do bruxedo. Porem resistindo, a vítima sofre um purgatórios de tormentos até ceder, e teimando em resistir então os tormentos aumentam até ao ponto da sua desgraça. Assim operam as amarrações de magia negra. E uma coisa é certa: a vítima nunca mais se livra da bruxaria, nem da sombra de quem a mandou embruxar. Nunca mais. E por isso, a pessoa não tem alternativa senão ceder.
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