Amarração do amor rejeitado
«A maior prova da existência das bruxas vem inesperadamente de Deus, e está inesperadamente na Bíblia, no Livro de Êxodo, onde diz: “Não permitirás que uma bruxa viva”. Ninguém proíbe uma coisa que não existe.»
Eliphas Levi, ( 1810 – 1875), foi um famoso ocultista francês, notório pelas suas investigações sobre o oculto e a magia. O notório ocultista e demonologista não apenas se debruçou sobre a história da bruxaria, como sistematizou e catalogou hierarquias de demónios, e também se debruçou muito atentamente ao estudo do demónio Baphomet, a quem ele chamou a Cabra Sabática ou o bode de Mendes. Na visão de Levi, este demónio representava o próprio Universo e todo o seu poder, e continha em si os princípios do bem e do mal. Era o Deus que os Templários veneravam. E convencido disso, o demonologista fascinado com este demónio lançou-se a experimentar muitos bruxedos de magia negra. Supostamente entrou em pânico quando viu o poder que eles libertavam, e os resultados que alcançou. Fechou as suas pesquisas em segredo, e nunca mais voltou a tocar no assunto. Assim ficou historicamente documentado um testemunho que confirma o enorme poder dos trabalhos de magia negra.
William de Soulis foi um nobre inglês, senhor de Liddesdale, que foi também aprendiz do célebre bruxo Michael Scott ( 1175 – 1232), popularmente conhecido pelo bruxo do norte, que viveu e fez memoráveis trabalhos de magia negra em Hermitage Castle, Roxburgshire, na Inglaterra do século XVI. Através de uma forte amarração de magia negra, Soulis conseguiu casar-se com a jovem Ermengarde, filha de Alexandre II ( 1198 – 1249), rei da Escócia. Consta que a filha do rei inicialmente rejeitou friamente os avanços do nobre William, pelo que ele recorreu ao trabalho de magia negra do famoso bruxo Scott. E uma vez estando a nobre princesa contaminada pela bruxaria de amarração, eis que as rejeições cessaram, e o casamento acabou por suceder contra todas as expectativas. As bruxarias de Soulis e do notório «bruxo do norte» tornaram-se assim lendárias. Estes eventos acabaram registados nas cronicas ocultas da época, e ainda hoje atestam do poder das amarrações para enfrentarem as mais duras rejeições, e os mais difíceis obstáculos.
Na Inglaterra do século XVII, existiu um conjunto de bruxas que se tornou famoso. Tratava-se das bruxas de Pittenweem, e uma delas era a notória bruxa Beatriz Laing, que vagava pelos campos solitários e desolados, procurando pelos ingredientes secretos com fazia os seus temidos trabalhos de magia negra, especialmente ervas mágicas e raízes ocultas. Dizem que Beatriz se tornou bruxa quando o Diabo lhe apareceu á beira da cama durante uma noite, e a seduziu. Aliciada pelos poderes e segredos da magia negra, a mulher cedeu á tentação e entregou-se lascivamente ao demónio, celebrou Pacto com o Diabo, e em troca recebeu conhecimentos e sabedoria sobre as artes da magia negra, abraçando daí em diante ofício da bruxaria. Um dos seus bruxedos em particular tornou-se famoso, quando por volta dos anos de 1704 a bruxa Beatriz foi procurada por uma mulher para lançar uma amarração a um jovem rapaz. O jovem chama-se Patrick, e era aprendiz do ferreiro da localidade. O caso aconteceu, porque o jovem Patrick teimava em resistir aos avanços de uma mulher mais velha que o desejava ardentemente, porquanto o aprendiz de ferreiro estava noivo de uma moça da vila. Por esse motivo, a mulher rejeitada procurou aos préstimos ocultos da bruxa Beatriz. A bruxa recolheu várias ervas mágicas adequadas, com as quais preparou uma poção negra, que depois deu a beber um boneco que previamente, ( usando do seu sangue de bruxa), baptizou com o nome do aprendiz de ferreiro. Desse modo, conforme o boneco ingeria a poção, era como se o jovem Patrick também a estivesse a bebê-la com a sua própria boca. E na verdade, passados tempos o jovem começou a vomitar estranhos líquidos negros que lhe jorrava inexplicavelmente pela boca. Depois de muito vomitar aqueles estranhos líquidos negros, o jovem caiu num estado de inexplicável fraqueza. Os seus membros não obedeciam, e o jovem acabou acamado, e de cada vez que era visitado na sua noiva sentia dores atrozes, como se lhe estivessem a beliscar as pernas, os braços e o próprio órgão sexual. Porem, quando era visitado pela mulher mais idosa que encomendou o bruxedo, todos os seus padecimentos serenavam, e acalmavam. E contudo, quando mesmo apesar disso, o jovem mais teimava em resistir á mulher mais idosa e ao bruxedo, pior o seu estado de saúde se tornava. Assim que o jovem deixou de resistir, e se foi entregar á mulher idosa que o mandou amarrar, imediatamente todos os seus padecimentos e tormentos desapareceram e esfumaram-se tão misteriosamente quanto tinham aparecido. Era como se nunca tivessem existido. E para grande surpresa de todos, o jovem ficou com a mulher idosa que o mandou amarrar.
Assim se viu que os bruxedos de amarração de magia negra eram implacáveis, e deles não havia fuga. Ou a vítima da amarração cede e entrega-se a quem a mandou embruxar, e assim param-se-lhe os sofrimentos; Ou então, teimando em resistir ao bruxedo, os tormentos persistem em castiga-la e atormenta-la sem cessar, e até ao ponto da sua desgraça. A pessoa não tem alternativa senão ceder. Seja como for, a criatura amarrada nunca mais se livra do bruxedo, nem de quem a mandou embruxar. Nunca mais. Não há escapatória. E por isso, a pessoa não tem alternativa senão ceder.
E por isso mesmo os bruxedos da bruxa Beatriz tornaram-se lendários, e eram abundantemente requisitados por nobres senhoras de todos os cantos do reino, que procuravam satisfazer os seus apetites de luxuria. E as amarrações nunca falhavam: não havia escapatória, e por isso, a pessoa não tinha alternativa senão ceder, para grande regozijo e jubilo das senhoras que punham e dispunham dos jovens que desejavam, conforme os seus caprichos de luxuria.
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