Amarração da mulher desprezada
No «compendium maleficarum» , ou o «O COMPÊNDIO DAS BRUXAS» de 1608, do padre e demonologista Italiano Francesco-Maria Guazo (n. 1570), são mencionados vários trabalhos de magia negra atrozes, aplicados a maridos que foram mandados embruxar pelas mulheres por eles desprezadas. O escritor e filosofo Apuleius, ( n: 125 d.C), faz menção a como houve um caso de um certo homem que tendo-se envolvido com uma amante, foi embruxado com um pó de escaravelhos. Conforme os escaravelhos ao fugirem de um perseguidor entram pelas fendas das pedras, também o homem tropeçou e caiu pela fenda de uma grande rocha, ali ficando esmagado com um insecto, e sofrendo um misera morte. Houve outro homem a que uma bruxa, ( a pedido de uma esposa desprezada), embruxou usando de um sapo. O homem era um estalajadeiro, e sofreu um derrame cerebral grave. Dai em diante, andava como um meio-morto arrastando-se pelo seu estabelecimento, servindo vinho com os seus olhos anormalmente inchados e esbugalhados como um sapo, quase incapaz de pronunciar palavras que não se parecessem com o coaxar de um sapo. Outro homem tendo arranjado uma amante, engravidou-a, e por isso uma esposa desprezada encomendou-lhe um bruxedo. A bruxa requisitada celebrou um rito com uma cabra negra, na qual usou o útero do animal, lançando um trabalho de magia negra para o útero da amante. A amante foi assim condenada a uma gravidez perpetua, pois que a porta do seu útero foi fechada, e a mulher andou oito anos inchada e prestes a dar á luz, sem que porem jamais lhe nascesse nenhum bebé. São inúmeros os relatos registados em crónicas e documentos históricos, que atestam destes trabalhos de magia negra lançados por mulheres desprezadas, e que atestam do poder e veracidade dos seus efeitos.
Nicolas Remy( 1530 – 1612), foi um demonologista Francês que presenciou pessoalmente vários casos verídicos de bruxas, bruxaria e trabalhos de magia negra. Com as conclusões que retirou das suas experiências e observações, Nicolas Remy escreveu a obra «Demonolatreiae», publicado em 1595. Na sua obra Demonolatreiae, o demonologista Remy faz nota que «Satanás apoia muito astutamente as suas obras na própria religião da Igreja», usando para isso os santos. Remy, no seu Demonolatreiae, faz menção a uma bruxa que após o preço dos seus serviços ter sido estabelecido, se deslocou com um saco de linho contendo ervas mágicas a um santuário de St. Fiacre, ( um santo nascido na Irlanda no século VII, e que emigrou para França, e que é o patrono dos jardineiros), tendo-as ali depositado e queimado no altar-mor; Depois, saiu e deu três voltas á capela da igreja, enquanto orava uma oração ininteligível. Nesse momento, as ervas que a bruxa queimou, assim como todas as velas da igreja, começaram a arder numa cor azulada e emanando um fedor sulfuroso, e o próprio chão da igreja tremeu ligeiramente sobre os pés do padre que observava espantado aos eventos que se desenrolavam diante dos seus olhos. Tudo isso eram provas que a bruxaria que ali estava a ser apresentada no coração de uma igreja era obra satânica, e era trabalho de magia negra. Estes ritos são reminiscências de rituais muito antigos, dos velhos tempos dos Deuses pagãos, nos quais se faziam horrendas oferendas e oravam-se abomináveis orações diante de altares sagrados, para assim despertar a atenção e os poderes de Deuses, ou Deusas, ou demónios. E as bruxas ainda nos dias de hoje usam de tais técnicas, encobrindo-as com o manto dos santos, quando na verdade para elas os santos representam demónios, ou Deuses e Deusas pagãos, a quem elas dirigem culto satânico e bruxedos, diante dos olhares insuspeitos do publico. Um dos santos preferidos das bruxas para usar em tais trabalhos, é são Cipriano. O «compendium maleficarum» , ou o « Compêndio das Bruxas» de 1608, dos mais famosos e reputados grimórios de magia negra, é aquele que faz expressa menção a São Cipriano no seu Capitulo VI, ( versando sobre os Pactos das bruxas com o Diabo), assim como dando nota do Martyrologium Romanum, onde é indicado o dia 26 de Setembro como o dia em «Em Nicomedia, celebra-se o aniversário dos santos mártires Cipriano e Justina, que muito sofreram sob o imperador Dioclaciano e o governador Eutolomio». O « Compêndio das Bruxas» faz assim menção ao «Cipriota, o bruxo». A Igreja proclama-o como um santo, e porém reza a história secreta das bruxas que são Cipriano teve Pacto com o Diabo, e o Pacto com o Diabo não pode ser jamais quebrado, porque é eterno. Por isso, o bruxo Cipriano jamais se livrou dos grilhões satânicos que o uniam ao Diabo. Mais que isso, o bruxo Cipriano apenas teria ingressado na Igreja com a secreta intenção de se tornar um padre Satânico, e a partir do seio da própria igreja, poder lançar-se a magias negras ainda mais fortes, uma vez que beneficiando do sacramento de sacerdote, já podia profanar esses votos sagrados com os seus ímpios ritos de magia negra, dessa forma agradando ainda mais a Satanás. E estando dentro da Igreja, podia celebrar heréticos ritos satânicos no próprio centro e coração dos Templos e altares de Deus, um sacrilégio tal, que era uma preciosa iguaria para o Diabo, que o recompensava com ainda maiores ensinamentos no ofício da bruxaria e artes da magia negra. Assim, Cipriano teria na verdade ingressado naquilo a que se chama a Igreja Invisível que existe por dentro da Igreja visível. E por isso, as bruxas frequentemente invocam o nome do seu santo preferido, quando se trata celebrarem trabalhos de magia negra de forma insuspeita aos olhos do publico. E são Cipriano foi assim muitas vezes usado para a feitura de amarrações para a mulher desprezada, de modo a que quando as bruxas estavam a invocar a são Cipriano não estavam na verdade a invocar ao santo, mas sim aos espíritos de trevas e demónios. E quem ainda hoje detém este segredo, e a forma de como com ele trabalhar, ainda faz as mais fortes amarrações para a mulher desprezada.
No mesmo «Compendium maleficarum» , ou o « Compêndio das Bruxas» de 1608, é igualmente descrito como por volta dos anos de 1640, existiu uma bruxa de nome Francoise Prat conhecida por «boubellotte» , viúva com cinco filhos, que amarrou o marido para o ter, assim como depois , tendo-se aborrecido com o esposo por ter sido desprezada, o embruxou para o fazer sumir da sua vida. Três filhos eram do marido, mas dois eram do demónio que a possuía lascivamente nas reuniões de Sabbat satânico, assim como uma terceira gravidez foi interrompida para satisfazer os apetites do demónio. Também no século XVII; um outro bruxo de nome Vicent Deimdou, e uma bruxa chamada Marguerite Labard, cuja a alcunha era «a pomba», também participaram nos mesmo Sabbat satânicos que a bruxa «boubellotte», ajudando-a a fazer as mais fortes amarrações que favoreciam ás mulheres desprezadas. E conforme a bruxa «boubellotte» fez os homens da sua vida aparecerem e desaparecerem conforme os seus desejos, pois o mesmo também o fez a outros homens a quem as suas mulheres desprezas recorriam dos serviços da bruxa.
O Malleus Maleficarum ( 1486), dos demonologistas Jacob Sprenger ( 1438 – 1495), e Heinrich Kramer, ( 1430 – 1505), afirma na sua questão VIII que «Deus dá poder ao Diabo sobre aqueles que dados á luxuria», e isso explica porque motivo as bruxas, mestras que são das artes da magia negra e da invocação do Diabo e todos os seus demónios, conseguem lançar trabalhos de magia negra particularmente poderosos, em especial quando se tratam de assuntos amorosos.
O poder desses trabalhos desde há séculos que vem sendo observado e testemunhado em diversos casos historicamente documentados. Um desses casos sucedeu na França do seculo XIII, e foi testemunhado por Pedro Paladanus ( 1275 – 1342), um teólogo e arcebispo Francês, que na sua obra faz notar como observou que um homem que habitava em Lyon, havendo sido embruxado devido a um assunto amoroso, casou-se com uma bela e jovem donzela, e porem de cada vez que se aproximava do seu leito matromonial, não conseguia consumar o acto carnal. A localidade de Lyon, na França, tornou-se famosa devido á existência de freiras satânicas e padres satânicos. O primeiro grimório escrito em Francês, é o La Vauderie Lyonois, uma compilação feita pelo padre e inquisidor de Lyon, região na qual existiram notórios cultos satânicos, alguns deles dentro da própria Igreja, em conventos e abadias. Soube-se assim da existência de freiras e padres satânicos, e das suas lendárias missas negras. Este homem foi precisamente vítima de uma bruxa que durante uma missa negra, encostou uma imagem sua a um ídolo demoníaco. Conforme o ídolo ali ficou encostado durante a celebrando de uma missa satânica ou missa negra, pois também a moléstia da impotência encostou-se ao homem, e por muito que ele se entregasse aos braços da medicina e dos melhores médicos, porem nada nem ninguém o podia ajudar. Assim persistiu o tormento, até que o casamento foi dissolvido por falta de consumação, para grande desgosto do homem, e para grande alegria da antiga amante desprezada e rejeitada que lhe mandou fazer uma amarração, pois que quanto mais o homem insistia em afastar-se e desprezar á antiga amante, mais tormentos e padecimentos ele sofria. Nunca mais o pobre homem de Lyon se livrou da sombra da sua antiga amante desprezada, e o caso tornou-se famoso.
O mesmo Malleus Maleficarum afirma no seu capitulo XI que quando a bruxa faz uma figura de cera para embruxar alguém, e faz algo ao boneco para ferir a pessoa como como perfura-la, embora o dano esteja a ser causado ao boneco, porem o Diabo está a ferir o homem tal conforme foi feito pela bruxa ao boneco.
Também o Malleus Maleficarum afirma no seu capítulo XII, que este mundo está cheio de homens que tomam prazer em se recrearem a seduzir certo tipo de mulheres, para depois as rejeitarem quando se trata de irem casar com outras mulheres por motivos mais sérios. Porem, esses homens raramente conseguem fazer isso sem serem vítimas da vingança da mulher rejeitada, pois não há nada mais perigoso neste mundo que a mulher rejeitada. Nesses casos, os homens acaba por ver a vingança recair sobre si, e sobre a sua esposa, pois – diziam os demonologistas Kramer e Sprenger – a vingança da mulher desprezada incorre não apenas no homem, mas especialmente sobre a mulher dele, na esperança que se a esposa morrer, então o marido regressa á sua antiga amante. E por isso, esses castigos ocorrem sempre de forma a atormentar persistentemente a vida da esposa, tanto ou mais que a do homem. No século XVI, contam os demonologistas Kramer e Sprenger no seu Malleus Maleficarum, que sucedeu certa vez um célebre cozinheiro de um arquiduque na Alemanha casar-se com uma jovem estrangeira. Mal soube do evento, a sua antiga amante apressou-se a procurar por uma bruxa, que infestasse o casal de padecimentos, e lançasse ao homem uma forte amarração de magia negra. Dias depois, estando a jovem esposa a passar na rua, não faltaram testemunhas que ouviram a bruxa lançar um fúnebre encantamento á mulher, ao que seguidamente apenas lhe disse «Não será por muito tempo que se alegrará com o seu marido». Imediatamente, no dia seguinte a jovem começou a padecer de assombrações, começou a enfraquecer do corpo, e caiu á cama. Algum tempo depois, a jovem esposa faleceu. O caso ficou famoso na altura, e é bem demonstrativo do poder das amarrações para a mulher desprezada.
Jean Bodin ( 1520-96), foi um jurista e filosofo francês, autor da notória obra «De lá Demonomanie des Sorcieres» , publica em Paris, no ano de 1580 . As obras deste celebre demonologista descreveram as suas observações pessoais sobre casos verídicos de bruxas, de bruxaria, de magia negra e de trabalhos de magia negra. Algumas das mais famosas bruxarias de magia negra, eram as amarrações, sendo que na Idade Media as amarrações tinham o nome de «Ligatures», ou «ligaduras», ou «nós das bruxas», ou «escadas das bruxas».
As amarrações das ligaduras ou das escadas das bruxas, são um dos mais antigos bruxedos conhecidos da história europeia. È na verdade uma das mais antigas amarrações de que há registo histórico. Em trabalhos de magia negra, essa bruxaria era feita através de uma corda ou de uma longa tira de couro. No caso de se tratar de couro, eram tiras de couro de boi preto, ou de cobra. Nesta amarração do nó, diversos nós eram enlaçados ao longo da corda ou tira de couro, sendo que em cada laçada era enfiada uma pena de ave negra como um galo preto, um corvo, ou qualquer outra ave completamente negra, sem a mínima ponta de branco. Colocavam-se também ossos de defunto que houvesse morrido sem ser baptizado, ou de um condenado á morte que não recebeu extrema unção, ou de suicidas, ou de falecidos abandonadas sem devidos ritos funerários. Eram assim e sempre ossos de uma alma amaldiçoada e penada. Nos enlaçamentos ou nós da corda, podia-se também enlaçar um pedaço de cabelo da vítima, ou um pedaço da sua roupa, um pequeno objecto da sua pertença, ou até um efígie representativa da vitima. Dessa forma, o bruxedo celebrado na escada da bruxa ficava ligado á vitima, e conforme era feito na corda, também sucederia á vitima. Os nós iam sendo enlaçados pela corda, o que lhe concedia a aparência de uma escada de corda. Vários nós eram dados ao longo da corda, e para cada nós havia um encantamento. Havia também dezenas de tipos de nós diferentes para cada tipo de finalidade que se desejava alcançar, assim como os seus respectivos encantamentos. Alguns dos nós e seus respectivos encantamentos, destinavam-se a lançar horrendas maldiçoes, e uma vez estando o trabalho de magia negra feito, então a corda era escondida num local secreto. Enquanto a corda não fosse descoberta e os seus nós desfeitos, a maldição não abandonaria a sua vítima. Houve vários casos historicamente documentados de como este trabalho de magia negra podia infestar pessoas com temíveis maldiçoes. Em 1711, houve sete bruxas na Irlanda, conhecidas pelas bruxas de Magee. Nessa altura, uma mulher de nome Mary Dunbar sofreu de uma inesperada indisposição, teve terríveis convulsões, e a sua saúde começou a debilitar-se de um dia para o outro, quase ao ponto de quase morte. Ninguém encontrava explicação para o estado de saúde da mulher, mas a verdade é que as bruxas Magee lhe tinha lançado o bruxedo do «Nó da bruxa», no qual havia sido amarrado um napperon que tinha sido furtado da casa de Miss Dunbar por uma mulher que queria o seu noivo. A mulher encomendou uma bruxaria para afastar Mr. Dunbar do caminho, assim abrindo alas á prespectiva de um casamento. Uma vez estando o bruxedo feito e a corda escondida num local secreto como manda o ensinamento deste tipo de trabalho de magia negra, imediatamente a Miss Dunbar caiu sob o efeito da maldição, e sucumbiu á doença do dia para a noite, e sem que os médicos encontrassem qualquer explicação. Passado algum tempo, a adoecida Miss Dunbar faleceu. Depois disso, a mulher que lhe lançou o bruxedo casou-se com o seu noivo, conforme pretendia. A amarração teve um sucesso lendário. Anos depois do seu falecimento, em 1886 foi acidentalmente descoberto num campanário de uma igreja uma corda com nós enlaçados nos quais estava um napperon, assim como penas de ave, e ossos de um animal. Uma das idosas da aldeia reconheceu o objecto, dizendo tratar-se de uma «Escada das bruxas», aquela mesma que tinha sido responsável pela maldição de Miss Dunbar, que por causa disso havia falecido misteriosamente. Uma das pessoas que viu a corda era de origem italiana, e imediatamente reconheceu o que era, afirmando que se tratava de «la ghuirlanda delle streghe», que era o nome pelo qual a bruxaria era conhecida em Itália. Assim se comprovava o poder da magia negra, e deste tipo de trabalho de magia negra. Estas amarrações vencem qualquer obstáculo. Qualquer um. Seja ele qual for.
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