Amarrações de amor
No século XIX, foi celebre o caso da bruxa de Cideville. O caso da bruxa de Cideville ficou célebre, e ocorreu por volta de 1851, em França, numa pequena vila da Normandia. O padre da localidade de Cideville descobriu que um dos membros do seu rebanho estava doente, e andava a ser tratado por uma bruxa conhecida pela bruxa de Cideville. O padre insistiu para que a pessoa se fosse tratar a um medico, e muito desdenhou publicamente dos cuidados da bruxa, chegando mesmo a dizer que bruxas e bruxarias não passavam de crendices e superstições ignorantes. Tais palavras chegaram aos ouvidos da bruxa, que em resposta afirmou publicamente e para quem quisesse ouvir, que o padre em breve ia confirmar se afinal as bruxas e a bruxaria eram apenas crendices e superstições ignorantes, e ao fazê-lo apontou o seu cajado – ou vara magica – aos dois jovens sacristães do cura. A verdade é que desse dia em diante, os dois jovens passaram a ser perseguidos por arrepiantes fenómenos sobrenaturais que lhes sucediam nas suas habitações, noite após noite. Há noite escutavam atrozes barulhos sem explicação, objectos desapareciam de um local para reaparecer noutro, mesas mudavam de sitio, cadeiras apareciam viradas do avesso, portas fechavam-se subitamente e com grande estrondo, gavetas abriam-se e fechavam-se sozinhas, lençóis era arrancados da cama quando os jovens estavam a dormir, faças eram arremessadas, castiçais e pratos eram atirados para o chão, sentiam-se brisas de vento sem haverem janelas abertas.
Os fenómenos inexplicáveis sucediam-se sem cessar. Certa vez o padre prestou confissão a um homem, apenas para descobrir que o homem se havia esfumado no ar, e que não havia ninguém a falar-lhe no confessionário. Atemorizado o padre foi falar com um dos sacristães, que assustado lhe revelou que aquele homem que entrara no confessionário, era o mesmo que ele tinha visto na sua própria casa á noite, porem em forma de um espectro, e que por isso tinha abandonado a igreja atemorizado. O padre foi falar com a bruxa, exigindo-lhe um pedido de desculpas pelas suas ameaças a um homem da Igreja, mas a bruxa parecia bastante divertida com a ocorrência de todos aqueles eventos. O seu cajado – ou vara magica – nunca abandonavam a bruxa fosse ela onde fosse, e todos compreenderam que tinha sido a bruxa a verdadeira origem dos temíveis eventos que se espalharam por toda a vila. Não menos de trinta e quatro testemunhas confirmaram a ocorrência daqueles sinistros eventos, desde o próprio presidente da câmara, a outros padres chamados ao local, e até o Marquês de Mirville,( 1802 – 1873), um respeitado nobre de Paris, e estudioso dos fenómenos do oculto. Todos concordaram que era impossível um ser humano ter gerado aqueles eventos, e até hoje a causa dos estranhos factos sucedidos naquelas semanas de 1580 permanece oficialmente inexplicada. Este foi um dos casos históricos documentados e mais famosos sobre a ocorrência de um Poltergeist devido a uma bruxaria de magia negra.
O padre pediu a ajuda de vários outros sacerdotes que realizaram vários exorcismos contra as aparições, e porem sem nenhum sucesso. Tantas assombrações e aparições ocorreram naquela abadia, que o padre foi pedir desculpa á bruxa, que em troca lhe confessou que tinha de facto causado todas as aparições e eventos sobrenaturais através de bruxedo. Assim, em 1851 a bruxa desfez o seu trabalho de magia negra, e os sacristães nunca mais sofreram nenhum ataque, havendo a abadia regressado á normalidade. O caso ficou celebre, e foi mesmo abordado na obra Charles Helot, que em 1897 publicou «Possessions diaboliques», inspirada nestes eventos reais. Assim se confirmava com factos e eventos reais, que as bruxas, a bruxaria e a magia negra são realidades.
Conforme a bruxa usava destes meios para seu próprio benefício, ela também os usava em todo o tipo de trabalhos de magia negra. E muitos desses trabalhos, eram amarrações de amor. E nessas amarrações, a pessoa era de tal forma amarrada, que não tinha alternativa senão ceder, e ir entregar-se a quem a tinha mandado amarrar. E por isso, tal como o padre de Cideville cedeu e foi pedir desculpas á bruxa, também a pessoa amarrada com estas amarrações acaba sempre por ceder e ir entregar-se aos pés de quem a mandou amarrar. Sempre.
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