Amarrações de amor
Quando o grande poeta Italiano Dante Alighieri ( 1265 – 1321), escreveu o seu poema épico Divina Commedia ( 1304 – 1208), ele era para representar uma jornada no caminho para Deus, e porem tornou-se um dos textos mais preciosos na descrição de demónios e das hierarquias infernais. O texto possuía tantas referencias invulgarmente acertadas e extraídas de antigos conhecimentos clássicos da Antiguidade, que passou a ser observado por muitos como uma fonte de informação nas ciências ocultas da demonologia. A obra tornou-se de tal forma proeminente, que alguns dos demónios ali mencionados passaram a constar de grimórios de magia negra escritos posteriormente.
Francis Barret ( n. 1770 ), foi um notório ocultista inglês, autor do The Magus, publicado em 1801. Na sua obra, o demonologista segue as velhas tradições europeias da demonologia, e cataloga uma hierarquia de demónios que foram os Deuses Pagãos da Antiguidade, e que durante uma parte da história da humanidade se quiseram fazer adorados como um Deus.
Arthur Edward Waite ( 1857 – 1942), foi um ocultista Inglês nascido dos Estados Unidos da América, e criador do célebre baralho de Tarot Rider-Waite. Para alem disso, Waite foi o autor da obra Unknown World, de 1895, um reportório de vastos conhecimentos sobre o oculto, onde o demónio Amon é mencionado.
O demónio Amon tem especiais poderes em assuntos de lascívia e reprodução carnal. Este demónio é mencionado no célebre Grimório do Papa Honório, e é um dos assistentes pessoais de Astaroth. Como tal é um demónio que pode reconciliar pessoas desavindas, e porem também é capaz de gerar discórdias e separações. A sua influência em assuntos amorosos é poderosa, e ele pode garantir o amor de outrem a quem a bruxa quiser determinar num bruxedo. Na Idade Media, muitas bruxas recorreram deste demónio nas suas bruxarias, e é sabido que toda a amarração de amor feita por estes meios garante um resultado assegurado: a pessoa amarrada entrega-se amorosamente a quem a mandou amarrar, sempre. Sempre.
Foi celebre o caso da bruxa de Coggshall. A bruxa de Coggshall era uma viúva que no século XVII residia na localidade de Coggshall, em Essex, na Inglaterra. Chamavam-na a viúva Coman, que era o sobrenome do seu falecido esposo. Coman ficou viúva ainda cedo, e nunca mais voltou a casar. Dizem que foi após o falecimento do seu esposo, que a viúva desgostosa foi procurada pelo Diabo, e aceitou entrar pelos caminhos da magia negra. Durante décadas foi uma célebre bruxa, procurada por inúmeras pessoas que vinham de todos os cantos da Inglaterra, a fim de solicitar os préstimos das suas artes místicas e trabalhos de magia negra. A sua reputação tornou-se tão célebre, que por volta de 1699 o assunto chamou as atenções do reverendo J.Boys, vicário de Coggshall. O vicário decidiu investigar a veracidade dos rumores sobre a bruxa, e para seu grande espanto confirmou pelos seus próprios olhos que se tratava mesmo de uma bruxa de verdade. A viúva Coman tinha celebrado Pacto com o diabo, tendo-lhe jurando não voltar a meter os pés na Igreja daquele Deus que lhe tinha tirado prematuramente o seu marido. A bruxa mantinha consigo vários espíritos demoníacos familiares, a quem alimentava adicionando gotas do seu próprio sangue de bruxa á sua alimentação. A bruxa de Coggshall durante décadas celebrou trabalhos de magia negra com bonecos feitos de cera, aos quais adicionava gotas do seu próprio sangue e encantamentos ocultos em latim. Nos casos de amarrações, os bonecos eram trespassados com espinhos da árvore do espinheiro branco . A árvore do espinheiro branco tinha uma reputação diabólica já na Grécia da Antiguidade, e os seus frutos eram proibidos dentro do lar, pois eram invocatórios da Deusa Artemis, uma Deusa adversa ao casamento monogâmico, e aos seus frutos ou descendências. Consta também que foi do espinheiro branco que foi feita a coroa de espinhos colocada na cabeça de Jesus, pelo que a mesma árvore continuou associada a forças de trevas e diabólicas, sendo uma árvore amaldiçoada. A bruxa usava sempre de uma invocação secreta do demónio Amon, que o seu espírito demoníaco familiar lhe tinha ensinado. Dessa forma, a criatura amarrada pela amarração de magia negra era infestada de tais padecimentos espirituais… que era forçada a ceder a quem a mandou amarrar, ou teimando em resistir ao bruxedo, então acabava em desgraça. A pessoa não tinha alternativa senão ceder. E cedia sempre. E por isso, a pessoa amarrada voltava sempre implorando perdão a quem tinha desprezado, e entregando-se amorosamente a quem a tinha mandado amarrar. As amarrações da bruxa eram tão fortes e célebres, que a sua clientela vinha dos mais distantes locais para procurar pela sua magia negra.
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