Amarrações de magia branca
Por volta do século X, havia muitas autoridades eclesiásticas a distinguir a bruxaria negra da bruxaria branca. A bruxaria branca era uma bruxaria benevolente, destinada a fins bons. Já em 1608, o clérigo e teólogo Inglês William Perkins ( 1558 – 1602), afirmava que a bruxaria branca não era condenável, desde que a bruxa não renunciasse a Deus. Nessa época, a população em geral tinha grande simpatia pelas bruxas que praticavam a magia branca, até porque elas eram ávidamente procuradas para ajudar em curas de enfermidades nos casos em que a medicina não oferecia solução satisfatória, e muitos foram os prodígios que elas realizaram.
Em Florença, na Biblioteca Laurenzia que foi edificada de 1523 a 1512 com um projecto de Michelangelo ( 1475 – 1564), encontrou-se um escrito do célebre historiador Grego Plutarco ( 46. D.C), onde se fazia nota de um encantamento que as bruxas usavam em amarrações de magia branca, e que era irremediavelmente infalível. O bruxedo de magia branca é medieval, e era usado por bruxas italianas. Tratava-se de uma amarração de magia branca era feita usando-se de pós mágicos, a que se adicionava uma leitura Sálmica prescrita, e se inscrevia a expressão «introibit rec glorie» no boneco que representa a pessoa amarrada.
Também na obra Middeleeuwse witte en zwarte magie de Brarkman, podemos encontrar ancestrais encantamentos da Idade Media sobre magia branca para invocação de espíritos, em particular para assuntos amorosos. São velhos pergaminhos que sobreviveram até aos dias de hoje, e contam sobre ancestrais fórmulas para as mais fortes amarrações de magia branca.
Também em Florença, na Biblioteca Laurenzia, encontrou-se um escrito medieval do século XVI onde se fazia nota de um encantamento de magia branca que as bruxas usavam em amarrações amorosas, no qual se desenhava uma estrela de David com os nomes de Deus Eloy, Pater, assim como os nomes de anjos Afreyneil, Barnael e outros. Este bruxedo era particularmente secreto, porque particularmente poderoso.
O notório padre e demonologista Italiano Francesco-Maria Guazo (n. 1570), autor do influente grimório «Compendium Maleficarum» , ou o «Compêndio das Bruxas» de 1608, afirmava abertamente a bruxaria de magia branca era boa, e que os seus benefícios vinham de Deus e não do Diabo. E de facto, as bruxas que praticavam a magia branca recorriam frequentemente a encantamentos nos quais invocavam o nome de Deus enquanto lançavam os seus bruxedos.
O notório demonologista Johanes Weyer ( 1515 – 1588), discípulo do célebre ocultista Cornelius Agripa ( 1486 – 1535), e autor do influente Pseudo Monarchia Daemonum , foi um dos autores que mais se esforçou para defender a distinção entre bruxaria negra e bruxaria branca, fazendo sublinhar os benefícios da bruxaria branca. Na sua obra «Discoverie of Withcraft» (1584), do célebre demonologista Inglês Reginald Scot. ( 1538- 1599) , o notório autor defende a mesma distinção.
Já o célebre ocultista Francês Eliphas Levi ( 1810-75) deixou escritos de grande importância sobre magia branca, indicando que se os ritos são de Magia Branca então deveriam ser celebrados ao Domingo.
O célebre ocultista Henry Cornelius Agrippa von Nettesheim, ( 1486 – 1535), autor do influente «De occulta Philosophia» (1531-33), dizia na sua obra que a magia era «o verdadeiro caminho para comunhão com Deus», colocando assim a prática da magia no patamar na magia branca e benévola.
Uma bruxa de Yorskhire mencionada por pelo autor John Webster que viveu no século XVII, era uma bruxa de grande reputação apenas usando de magia branca. Ela mesma contava como conheceu um outro homem que se tornou bruxo de magia branca quando voltando para casa com grande tristeza por não ter meios para alimentar a sua família, certos espíritos se apiedaram dele e deram-lhe um pó branco com o qual ele poderia ganhar a vida curando doentes, ou ajudando quem sofria de tristezas por algum motivo. E dai em diante, usando desse pó branco, o bruxo não apenas curou enfermos, como ajudou imensas pessoas que sofriam de tristezas amorosas, através de amarrações de magia branca, que eram amarrações que não prejudicavam ninguém, mas apenas traziam amor á vida de quem estava a sofrer. Estas amarrações tornaram-se famosas, e acabaram por ser ficar historicamente registadas devido ás notas pessoas de Webster.
Anna Roleffes era conhecida por ser famosa bruxa Tempel Anneke, que por volta dos anos de 1663 viveu no Sacro Império Romano-germânico, e era procurada por inúmeras pessoas. As suas magias recorriam sempre ao nome de Deus, assim como os seus rituais, palavras e encantamentos eram endossados pela Igreja. As suas poções eram de magia branca, e os seus encantamentos baseados em orações cristãs. Porem, a fonte do seu poder era igual ao de todas as bruxas, pois que firmou pacto com o Diabo aos doze anos, havendo-lhe porem sido permitido que trabalhasse com aquela magia, pois foi assim que ela exigiu que ficasse estipulado no seu contracto infernal.
As bruxas de magia branca eram conhecidas pelos seus bruxedos de transferência. Através deles, a bruxas retiravam um mal a uma pessoa, transferindo-o para um animal, á imagem do que Jesus fez quando transferiu os demónios de um homem possesso para uma vara de porcos. Quando não transferiam o mal para um animal, podiam faze-lo para um receptáculo como uma garrafa ou um frasco, a que se chamavam as famosas garrafas de bruxas. Este tipo de bruxedo de magia branca era especialmente útil em casos de enfermidades, mas também em casos amorosos nos quais uma separação de um casal se deu devido a um dos conjugues ter sido embruxado ou mal influenciado por uma terceira pessoa. Nesses casos, o bruxedo ou a má influência era expurgada da pessoa embruxada, que imediatamente voltava ao normal, assim regressando ao seu prévio relacionamento.
Por volta dos anos de 1390, existiu uma célebre bruxa em Franca de nome Jehan Ruilly, popularmente conhecida como La Cordiére. A bonita bruxa de trinta e quatro anos era conhecida por fazer vários trabalhos de magia branca, muitos deles para curar pessoas enfermas. Uma dessas pessoas, foi um homem de nome Ruilly, a quem lhe tinha sido dada uma semana de vida. A bruxa Jehane fez-lhe um boneco de cera misturada com cabelos seus, ao qual proferiu um encantamento. Depois, colocou-lhe um sapo no peito, e transferiu o seu padecimento para o sapo, que explodiu sem motivo aparente. Passados alguns dias, e para grande espanto dos médicos, Ruilly tinha melhorado, e estava a andar pelas suas pernas. Este caso tornou-se famoso na época. Conforme a bruxa Jehane celebrou este bruxedo, ela também realizou muitas amarrações recorrendo á magia branca, e sem causar nenhum dano nem sofrimento a nenhum dos envolvidos.
No século XVIII, uma das mais celebres bruxas a praticar esta magia branca que solucionava problemas amorosos e conjugais, era a bruxa Bridget Bostock, que atraia uma multidão de clientes á sua casa em Church Coppenhall, Chesire. As amarrações de magia branca da bruxa feitas com este método de transferência eram tão famosas, que a bruxa acabou mencionada num artigo da Gentleman’s Magazine de 1748, motivo pelo qual os seus bruxedos acabaram historicamente documentados. As amarrações de magia branca destinavam-se a trazer o amor pelo amor, retirando ao amor os obstáculos que o estão a impedir. Não forçava ninguém a nada, e era uma bruxaria muito apreciada.
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