Amarrações de magia negra
Um dos grandes demonologistas da historia do ocultismo foram Jean Bodin (1520-96), um jurista e filosofo francês, autor da notória obra «De lá Demonomanie des Sorcieres», e Pierre de Lancre ( 1553 – 1631), autor de varias obras influentes, tais como Tableau de L’Inconstance de Mauvais Anges de 1613, L’Incredulité et Mescréance du Sortilége de 1622, e De Sortilége de 1627, Outro notório demonologista foi Pierre Le Loyer ( 1550 – 1634), autor do Discours Et Histoires Des Spectres publicado em 1605. Nos seus escritos, Jean Bodin dá nota da existência de uma célebre bruxa de nome Desle la Mansenée. A bruxa exerceu o seu ofício das artes da magia negra por volta dos anos de 1529, e não fazia segredo que havia sido procurada pelo Diabo, que lhe tinha prometido os saberes da magia negra em troca da sua entrega e devoção a Satanás. Certa noite, Desde la Mansenée foi chamada a um Sabbat, onde ali se entregou carnalmente ao Diabo. Nesse momento la Mansenée copulou com o Diabo, negou a fé católica, proferiu heréticas blasfémias, jurou fidelidade a Satanás, e entregou-se aos obscenos apetites do demonio. Em troca, o Diabo ofereceu-lhe uma vara magica, uma caixinha com unguento mágico, e um pó magico. A partir daí, a bruxa ungia a sua varinha magica com o unguento magico que o Diabo lhe tinha dado, polvilhava as imagens das pessoas que desejava embruxar com o pó magico que tinha recebido, e recitava os encantamentos ocultos em Latim que o demonio lhe ensinava, direccionando a vara para a imagem da pessoa que desejava embruxar. Nesse momento a pessoa era fortemente contaminada pela bruxaria, e ninguém conseguia escapar a esta magia negra. As amarrações de magia negra feitas com este método de magia negra infestavam a pessoa embruxada de tal forma, que ela acaba sempre por ir entregar-se a quem a tivesse mandado amarrar, e tinha olhos apenas para essa pessoa, como se fosse a única pessoa á face da terra. Por isso, estas amarrações de magia negra tornaram-se lendárias, e acabaram por ser mencionadas na obra Demonomanie , ( 1580), do demonologista Jean Bodin.
O celebre teólogo Bartolomeu de Spina ( 1475 – 1546), no seu Tratactus de Strigibus et Lamiis ( Veneza, 1553), dá nota de como nos séculos XV e XVI as bruxas se espalharam pelas capitais da Europa: Londres, Paris, Roma, Madrid, Lisboa. Eram sombras anónimas que habitavam solitáriamente e frequentavam os Sabbat conforme as noites e luares que Diabo lhes determinava. Nos círculos do oculto, tais bruxas e bruxos eram famosos. Para quem os procurava eram fazedores de milagres e eventos impossíveis, cuja a reputação fazia os seus préstimos ocultos serem ávidamente procurados. Os bruxedos que faziam geravam resultados espantosos, e as suas amarrações de magia negra faziam qualquer pessoa embruxada cair arrebatadamente apaixonada por quem as tivesse mandado embruxar. Tantos foram os eventos de bruxaria que Spina observou e testemunhou pessoalmente, que tais factos acabaram historicamente registados na sua obra. Na sua obra, Spina dá nota de como no distrito e Mirandola, província de Módena – Itália – , um certo camponês testemunhou a celebração de Sabbats de magia negra onde se bebia vinho, entoava-se musica, e entre danças indecentes e êxtases de obscena lascívia ás quais as bruxas se entregavam copulando com demónios, estes respondiam aos heréticos chamamentos dos profanos ritos de deboche, e se manifestavam dando ás bruxas conhecimentos sobre como praticar os seus trabalhos de magia negra.
No século XII, o monge germânico Cesário de Heisterbach ( 1180 – 1240), prior da Abadia de Heisterbach, conta na sua obra Miraculorum como dois bruxos na cidade de Dinant usavam a mão cortada de um morto condenado, ungindo-a com uma terrível pomada do Diabo, para assim influenciarem o sono de quem desejavam. Era precisamente usando de tais meios, ou seja, usando de pedaços de defuntos condenados e que não tinham recebido baptismo, que as bruxas da Idade Media realizam fortíssimas amarrações de magia negra. E as amarrações de magia negra, lançam sobre a vítima as mais temíveis e fortes assombrações, que quase sempre actuam na criatura embruxada durante a noite, e durante o seu sono. Essas amarrações vao assim castigando a vitima do bruxedo todas as noites com temerosas assombrações a castigos, até que a vitima fustigada e fragilizada se vá entregar a quem a mandou amarrar. Claro que a vitima não se lembrará desses padecimentos nocturnos, para que não desconfie e foi embruxada, e não se vá lançar aos braços da Igreja e dos seus remédios de água benta e exorcismos, que atrapalham a bruxaria. Porem, mesma a cabeça dela não se lembrando, porem a alma dela sabe que está a ser fustigada todas as noites, num purgatório de tormentos que apenas cessará quando ela se for entregar a quem a mandou amarrar. E por isso, a vítima entregar-se-á. E se porem teimar em resistir ao bruxedo, então os castigos persistirão até ao ponto da sua desgraça. Seja como for, a vítima da amarração nunca mais se livrará do bruxedo, nem da sombra de quem a mandou embruxar. Nunca mais. Não há escapatória. E por isso, a pessoa amarrada pelas amarrações de magia negra, acaba sempre por se entregar apaixonadamente e mansamente a quem a tenha mandado amarrar. A pessoa embruxada pelas amarrações de magia negra acaba sempre por ser vencida e se entregar-se. Sempre. E agindo como se a pessoa que a mandou embruxar fosse a única pessoa á face da terra. Por isso é que as amarrações de magia negra se tornaram lendárias.
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