Amarrações de são Cipriano
Nos anos de 1753, o Bispo de Oloron-Sainte-Marie, França, tomou conhecimento de fortes trabalhos de magia negra que eram executados na sua diocese, e deixou disso nota nas suas missivas pessoais. Os trabalhos de magia negra estavam a ser realizados com saberes de s. Cipriano, o bruxo, (f. 258 d.C), que se encontravam inscritos no Grand Grimoire, e no famoso Le Grimoire du Pape Honorius , um grimório de magia negra atribuído ao Papa Honório III ( 1150 – 1227).
O Grand Grimoire é o titulo de um famosos grimório mencionado pelo místico e demonologista Norte-Americano Arthur Edward Waite ( 1857 – 1942), autor do notório Book of Black Magic and Pacts ( 1910), ou «Livro da Magia Negra e Pactos». A mais antiga publicação do Grand Grimoire, remonta a 1421. O Grand Grimoire é descrito por Waite como um dos mais fantásticos dispositivos infernais para invocar demónios, até os mais relutantes em se manifestarem. Também conhecido como «Le Dragon Rouge», ou «o Dragão Vermelho», este grimório de magia negra concentra um importante capítulo sobre os procedimentos ocultos para invocar o demónio Lucifuge Rofocale. O nome «Lucifuge» significa «mosca-luz», e certos demonologistas atribuem-lhe uma relação directa a Lucifer, que significa «portador de luz». Acredita-se por isso que Lucifuge seja um dos nomes atribuídos a Lucifer, já depois da sua queda, e de ter assumido plenamente o seu estatuto de demónio, associando-a á «mosca», coisa que também o demónio Beelzebub o fez, cujo o nome na verdade significa «senhor das moscas», o príncipe do submundo.
Mais tarde, em 1882 um historiador galego encontrou uma versão do Grand Grimoire onde se encontravam ensinamentos de são Cipriano, impressos em Francês e Latim, num capitulo intitulado «Cyprien Mago ante Conversionem». O local de publicação desta obra era Salamanca, e havia sido redigido em 1460. O texto continha várias imagens de sigilos mágicos, assim como formulas diabólicas para obter todo o tipo de favores com a ajuda do Diabo, até mesmo favores amorosos. O texto de são Cipriano impresso no Grand Grimoire, foi usado por um notório bruxo de nome Lagrange.
Mais tarde, no século XIX, surge em Espanha a edição do «Libro de San Cipriano», em 1820. O livro aparece na Galiza e nas Astúrias, onde Cipriano o bruxo era famoso, e conhecido pelo «Ciprianillo». O poeta galego Manuel Curros Enriquez ( 1851 – 1908), menciona s. Cipriano num poema intitulado «O Ciprianillo». Em certos veneráveis e importantes círculos ocultos Galegos, o livro de são Cipriano é por vezes referido como o «el libro de san Cidrian». Em 1793, um padre de Albacete confessava ter e usar em seu benefício um livro de bruxarias de são Cipriano. Em 1750, o monge beneditino Jerónimo Feijoo ( 1676 – 1764), testemunhou pessoalmente o quanto a prática da magia negra e da bruxaria de s. Cipriano estava enraizada nas belas e majestosas zonas da Galiza e das Astúrias, assim como deu nota dos prodígios que esse conhecimentos podiam desencantar e alcançar. A obra de são Cipriano foi também de grande importância nos meios de oculto em Portugal. Ao longo dos séculos foi-se também enraizando uma uma profunda tradição ligada á bruxaria de são Cipriano em Portugal, em particular na região de Barroso e toda a área do norte de Portugal que é fronteiriça com a Galiza.
Em 1642, existiu uma notória bruxa na localidade de Pocklington, Inglaterra. Tratava-se da bruxa Ptronella , que lançava dos mais fortes fortes trabalho de magia negra. Um desses trabalhos foi um bruxedo lançado em 1640 a um homem chamado Thomas Dobson, e que o atormentou até á hora da sua morte, para grande espanto da população que testemunhou a bruxaria. Tão fortes eras os bruxedos da notória bruxa Petronella, que pessoas a procuravam para dar solução aos assuntos mais difíceis e impossíveis. E conforme estes bruxedos infestavam as vítimas de irremediáveis assombrações, eles também podiam contagia-las em assuntos de natureza amorosa, fazendo homens entregarem-se apaixonadamente a mulheres, ou mulheres entregarem-se arrebatadamente seduzidas a homens. Pois também reputadas bruxas nas majestosas terras da Galiza eram famosas por, usando dos conhecimentos de s. Cipriano, o bruxo, alcançarem feitos inigualáveis em questões amorosas, fazendo-se valer das amarrações de são Cipriano. A elas, na havia homem nem mulher que lhes pudesse resistir.
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