Amarrações do amor
O célebre poeta Romano Ovídio ( n. 43 a.C), autor do famoso poema erótico Amores e Ars Amatoria, deixou nota na sua obra sobre a forma com os bruxedos para fins amorosos eram lançados na sua época, e deu testemunho sobre o poder das amarrações do amor. Já Virgílio, ( 70. aC – 19 a.C), foi outro poeta clássico Romano, autor do célebre poema Eneida, que também deixou nos seus escritos várias alusões ao poder dos trabalhos de magia negra quando aplicados a assuntos amorosos. È mencionado por esses autores que os bruxos pegavam em pequenas figuras de cera representando a pessoa que se desejava embruxar, e que proferiam encantamentos de magia negra sobre a sua cabeça, enquanto enfiavam agulhas na região do fígado e do coração, desse modo empestando a pessoa com tormentos de toda a espécie, ao mesmo tempo que acossando-lhe a alma para que se entregasse a quem tinha encomendado a amarração do amor. A verdade é que estes bruxedos resultavam fortemente, e por isso nesses tempos, todos os noivos e noivas que se estavam prestas a casar, tinham um medo imenso de bruxas e bruxos, pois que havia inúmeras historias de casamentos que ficaram por celebrar na ultima hora, devido á intervenção de uma amarração do amor que o desviou noivo ou noiva do altar, e os levou a irem entregar-se a quem os tinha mandado embruxar. Tantos eram os casos sucedidos, que na Grécia criou-se uma Lei especial contra bruxas e bruxos que usassem de magia negra para separar os noivos antes de um casamento se celebrar.
Por volta dos anos de 1663, numa localidade perto do castelo de Tauton, Inglaterra, viveu a notória bruxa Julian Cox. A bruxa Julian contava como tinha sido seduzida pelo Diabo para se tornar numa bruxa, numa noite em que caminhava sozinha numa estrada solitária para sua casa. O Diabo apareceu-lhe na forma de um homem vestido de negro, e fascinou-a com os poderes que os segredos da magia negra ofereciam. Julian acabou por se entregar á luxuria do demónio, que nesse momento lhe deu a marca do Diabo, e disse-lhe que aguardasse pela alvorada, desaparecendo em seguida. Ao raiar da alvorada, a bruxa viu um enorme sapo que lhe aproximou, e levou-o para casa, pois tratava-se do seu espírito demoníaco familiar.
Certa vez a bruxa Julian Cox foi procurada por uma esposa que sofria com a traição do seu esposo que a tinha abandonado por uma amante. Nessa noite, a bruxa murmurou um encantamento ao seu sapo, e isso haveria de mudar a vida daquele esposo adultero. No dia seguinte, o marido infiel estava regressando a casa, e viu a bruxa sentada a fumar um cachimbo de tabaco, com um enorme sapo entre as pernas. A bruxa abriu as pernas e disse-lhe «Vê, olha que coisa tão bonita», ao que o enorme e monstruoso sapo saltou para diante dos pés do homem. Assustando-se, tentou apanhar o sapo e acertá-lo, mas não conseguia, porque o sapo sumia sem explicação, voltando a reaparecer entre as pernas da bruxa. A bruxa ria-se dizendo-lhe que ele deveria voltar para a sua mulher, e o sapo voltava a rondá-lo. O homem assustado conseguiu capturar o sapo, cortando-o em vários pedaços. Foi com assombro que o homem viu que outro sapo enorme e monstruoso, exactamente igual ao anterior, voltou a reaparecer nas pernas da bruxa. A bruxa acariciou o sapo entre as pernas, voltou a repetir-lhe que ele deveria voltar para a sua mulher, e foi-se embora. A verdade, é que dai e diante, de cada vez que se encontrava com a sua amante, o homem perdia toda a virilidade. Durante a noite, o sapo aparecia-lhe inexplicavelmente na cama, e mesmo tendo-o apanhado e queimado uma vez, porem o sapo persistia em assombrá-lo noite apos noite. O homem começou a padecer de uma inexplicável fraqueza, e diante de tantas perturbações, regressou á sua mulher conforme a bruxa o tinha aconselhado. Dai em diante o sapo desapareceu, a sua virilidade restaurou-se, e todos os seus padecimentos esfumaram-se tao misteriosamente quanto tinham aparecido. O caso da bruxa Cox e o seu sapo tornou-se tao famoso nas redondezas, que inúmeras senhoras vinham procurar aos préstimos ocultos da bruxa. As suas amarrações do amor salvaram inúmeros matrimónios, e nunca falhavam.
O influente grimório «Compendium Maleficarum» , ou o «Compêndio das Bruxas» de 1608, do notório padre e demonologista Italiano Francesco-Maria Guazo (n. 1570),faz nota de como o medico Giovanni Battista Codronchi (1547 – 1628) na sua obra De Morbis Maleficiis, conta como testemunhou que na cidade de Sepino, no Reino de Nápoles, um homem foi embruxado através de uma amarração do amor feita com um sapo, ao qual os olhos foram vendados, ao mesmo tempo que a bruxa entoou um encantamento de magia negra. Dai em diante, o homem abandonou o lar, esqueceu-se da mulher e dos filhos, e não via mais nada diante dos olhos senão a mulher que tinha encomendado a amarração.
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