Amarrações do enfermo
As amarrações do enfermo, são amarrações em que se deseja que a pessoa regresse rapidamente, ou então acabe enfermo, fragilizado, incapaz de ir satisfazer a outra pessoa, incapaz de se entregar a outra pessoa, e incapaz de viver uma vida normal enquanto se recusar a desprezar quem o mandou embruxar. E por isso, a pessoa não tem alternativa senão ceder.
O «compendium maleficarum» , ou o «O COMPÊNDIO DAS BRUXAS» de 1608, do padre Italiano Francesco-Maria Guazo (n. 1570) , alerta que «as bruxas, a bruxaria e a magia negra devem ser temidas em toda a parte, pois tem um poder quase infinito para fazer mal a quem quiserem». Neste ponto, o autor menciona o episodio Bíblico de como o demónio Asmodeus, ansioso que estava por possuir Sara em profana luxuria, e tê-la para sí mesmo, lhe matou sete maridos antes das noites de núpcias. Isso demonstra como funcionam as amarrações, ou seja: causando todo o tipo de tormentos e impedimentos conforme causaram a Sara deixando-a viúva por sete vezes, até que a vitima da amarração de tanto ser fustigada, então ceda, e se vá entregar a quem o demónio decretou. A vítima entregando-se, então cessam os tormentos. E porem: se a vitima teimar em resistir como Sara teimou, então os castigos persistem a fustigar conforme persistiram a atormentar Sara, matando-lhe marido após marido, e deixando-a sempre caída na infelicidade, até ao ponto da desgraça, pois que Sara já pensava até em tomar a sua própria vida, e pedia a Deus que a levasse. Seja como for, nunca mais a vítima da amarração se livra do bruxedo, nem de quem a mandou embruxar. Nunca mais. E por isso, a pessoa não tem alternativa senão ceder. O compêndio das bruxas faz menção a um caso sucedido em França, onde uma bruxa de nome Jeanne Gran-Saint usou de um pó magico para atormentar uma jovem e bela mulher que era cobiçada por vários homens da vila, o que muito desagradava ás mulheres da povoação, que não hesitaram em recorrer dos préstimos ocultos da bruxa. A verdade é que tendo soprado um pó mágico sobre a propriedade da mulher, todo o seu gado acabou por adoecer, e a sua vida viu-se apossada de grandes empecilhos e infelicidade.
O famoso medico persa Avicena ( 980 – 1037), assim como o «pai» da medicina Hipócrates, ( 370 – 460 a.C), afirmavam não crer que os demónios pudessem ser causadores de doenças, mas sim que a doença provem de causas naturais. Porem, a verdade é que muitos outros médicos e autores afirmaram que a existência de causas naturais e demónios não se anulavam enquanto explicação para certas situações de doenças de estranha origem.
Sendo verdade que as doenças se devem a fenómenos naturais, porem esses fenómenos naturais podem ter sido despertados por causas sobrenaturais. Por detrás de toda a causa, há sempre um efeito. E há efeitos cuja a causa apesar de não ser possível de ver, nem comprovar… porem ela existe. Afirmava o famoso médico Espanhol Franciscus Valesius ( 1524 – 1592), que quando um demónio entra numa pessoa, ele pode por em movimento mecanismos do corpo que conduzem á doença. E porem, para o medico que olha para o corpo como um relojoeiro olha para um relógio, ele apenas verá e compreenderá o movimento do mecanismo que levou á doença, conforme o relojeiro apenas vê e compreende as engrenagens que se movem dentro de um relógio. Mas aquilo que o medico não vê, nem lhe dizem os seus livros de medicina, (porque há muitas coisas no Universo que não constam nesses livros, mas que são reais), foi a verdadeira origem que levou a que aquele mecanismo fosse accionado, e gerasse uma doença. Por isso mesmo há pessoas que adoecem de doenças de forma completamente súbita e inexplicável, até mesmo quando tem comportamentos recomendávelmente saudáveis, e nem sequer tem propensões genéticas para aquela moléstia. E no entanto, a doença aparece. E a medicina fica espantada, boquiaberta e em silencio, de cada vez que se cruza com estes casos, procurando sacudi-los para debaixo do tapete, dizendo que tudo não passam de meras superstições e crendices. A verdade é que até há bem pouco tempo os cientistas afirmavam que os relatos dos marinheiros da Idade Media sobre lulas gigantes com tentáculos que mediam metros de envergadura, eram meras superstições e crendices de gente ignorante, e porem no século XX e XXI veio a descobrir-se que afinal esses enormes seres existem mesmo, e habitam nos mares a profundidades abissais.
O Malleus Maleficarum ( 1486), dos demonologistas Jacob Sprenger ( 1438 – 1495), e Heinrich Kramer, ( 1430 – 1505), no seu capitulo XI que quando a bruxa faz uma figura de cera para embruxar alguém, e faz algo ao boneco para ferir a pessoa como como perfura-la, embora o dano esteja a ser causado ao boneco, porem o Diabo está a ferir o homem tal conforme foi feito pela bruxa ao boneco. E há exemplos historicamente documentados de casos reais que comprovam esse facto. O mesmo Malleus Maleficarum conta no seu capitulo XII como uma bruxa da cidade de Innsbruck, na Áustria, lançou um trabalho de magia negra a um homem jovem, que era amante de uma dama casada. O homem passados dias começou a sentir uma grande fraqueza, abatimento, e dores no corpo, assim como um calor insuportável como se alguem o tivesse enfiado junto de brasas ardentes, que era justamente aquilo que a bruxa tinha feito com um objecto que o representava. Depois, começou a sentir picadas de um alfinete que lhe percorriam todo o corpo, que era aquilo que a bruxa tinha feito ao objecto usado na bruxaria. Por fim, o homem começou a ver que a sua pele estava coberta de postulas, com uma grave erupção cutânea, brotando pus. Foi nessa altura que havendo sido visitado pelo marido da sua amante, o jovem foi por este levado á taverna da vila, onde numa mesa estava um pedaço de pão. O marido da amante do jovem disse-lhe que abrisse o pão, pois que se iria sentir melhor. «Abra o pão», disse o marido « E veja atentamente o que está lá por dentro». O jovem abriu o pão, e encontrou lá dentro pequenas borbulhas brancas que eram como as pústulas do seu corpo, e deitavam pus como as suas feridas. Encontrou também ervas estranhas, e ossos de serpente, e alfinetes, que lhe lembraram as alfinetadas que tinha sentido por todo o seu corpo. Na verdade, a bruxa tinha feito aquele pão adicionando-lhe ingredientes infernais para chamar ao demónio, depois havia baptizado o pão com o nome da vítima, depois havia perfurado o pão com agulhas, depois havia infestado o pão com uma doença repulsiva retirada das entranhas de um animal doente, e então havia cozido o pão. Foi quando o cozeu o pão em brasas ardentes e recitou um encantamento satânico, que o jovem sentiu o calor insuportável, e que sentiu as pontadas das agulhas, e que ficou com as postulas virulentas por todo o corpo. O marido da sua amante disse-lhe então «Atire o pão para o fogo. Verá que se sentirá melhor». O jovem assim o fez, e passados momentos a sua saúde estava miraculosamente restabelecida. Assim o marido quis dar ao jovem uma lição, e terminou ali o caso de adultério, pois assim agem os trabalhos de magia negra: eles castigam e infestam a vítima até ela ceder aos desejos do bruxedo. Cedendo, os castigos cessam. Porem, teimando e resistir, então os castigos perduram até á desgraça da vítima. A pessoa não tem alternativa senão ceder. Seja como for, não há escapatória para um bruxedo de magia negra. Nunca. E por isso, a pessoa não tem alternativa senão ceder.
Existem inúmeros relatos historicamente documentados, de como a contaminação de bruxarias e amarrações causou a ocorrência de moléstias, doenças e padecimentos que misteriosamente assolaram as vítimas de trabalhos de magia negra.
Em 1671, a bruxa Elisabeth Knap de Long Island atraiu as atenções da população quando embruxou uma mulher de tal forma, que a vítima do trabalho de magia negra começou a sofrer de impressionantes sintomas de possessão demoníaca, nos quais chegaram a ser precisos seis homens para segurar na frágil mulher. Algumas das vezes, a mulher levitou de tal forma quando deitada no seu leito, que a própria cama se ergueu do soalho sem ninguém lhe tocar. Elisabeth Knap era uma bruxa que tinha feito Pacto com o Diabo, e tinha dirigido fortes trabalhos de magia negra a várias pessoas que acabaram inexplicavelmente doentes. Muitas delas, devido a amarrações nas quais o homem ou a mulher amarrados teimaram em resistir á vontade do bruxedo, e quanto mais teimavam… mais sofriam, e mais fragilizados ficavam. E por isso, a pessoa não tinha alternativa senão ceder. A bruxa lançava trabalhos de magia negra impiedosos, e era por isso temida por muitos, e porem abundantemente requisitada por outros.
Outra das famosas bruxas de Connecticut foi Mary Johnson. Em 1647, a própria bruxa sempre admitiu ter sido visitada e seduzida pelo Diabo que lhe apareceu primeiramente incorporado na forma de um gato preto, e depois manifestando-se – através de possessão demoníaca – num homem. Johnson teve relações luxuriosas com o demonio, celebrando Pacto com o Diabo, e entregando-se aos caminhos da magia negra. O sangue usado na celebração de um pacto, torna-se sangue de bruxa, por contacto com o pacto. Usando de gotas do seu próprio sangue com que havia celebrado pacto, derramadas no seu caldeirão onde eram mergulhadas efígies representativas das vítimas, e lançado o seu mau-olhado sobre as figuras que ardiam no caldeirão, a bruxa conseguia contaminar fosse quem fosse de forte bruxedo. Era como se as labaredas do próprio inferno fossem chamadas a entrar nas criaturas embruxadas. Mary Johnson celebrou diversos trabalhos de amarração, uns dos quais afectou o bebé de um casal. Teimando o homem embruxado em resistir ao bruxedo, e não se separar da mulher, a maldição gerada pelo bruxedo acabou por enfraquecer a saúde do bebé do casal. O padecimento só parou, quando o homem se foi deitar na cama da mulher que o mandou amarrar com aquela amarração. E porem, assim que o homem se foi entregar a quem o mandou amarrar, imediatamente todos os padecimentos e tormentos desapareceram e esfumaram-se tão misteriosamente quanto tinham aparecido. O caso tornou-se célebre na altura, e a bruxa tornou-se tão lendária como temida.
A bruxa Julian Cox ( 1593 – 1663), foi uma notória bruxa Inglesa, que ficou celebre por lançar fortes trabalhos de amarração. A bruxa Cox tinha um espírito familiar demoníaco incorporado num sapo, e as suas bruxarias tem temidas. Ouvia-se que quando a Cox recitava o Pai Nosso diante de uma igreja ou da Bíblia, a bruxa escarnecendo da palavra de Deus, alterava sempre uma das passagens da oração, mudando-a de «não nos deixeis cair em tentação», para «deixai-nos cair em tentação». Uma das suas vítimas, foi uma mulher que jovem mulher que todas as noites passou a ser assombrada por visões de espectros e aparições de mortos, de tal forma que com o passar do tempo, caiu num estado fragilizado que chamou a atenção das pessoas á sua volta. A seu tempo, a vitima sucumbiu adoentada e caiu acamada, sendo assim forçada a separar-se do seu amante, e cumprindo-se assim o desejo da esposa ciumenta que havia requisitado os préstimos ocultos da bruxa Cox. Depois a amante estar afastada, o marido rapidamente voltou para os braços da esposa. E por isso, as amarrações da bruxa Cox eram célebres e imensamente requisitadas.
Assim se comprovava de que forma é que operam os bruxedos de amarração, ou seja: ou a vitima cede á intenção do bruxedo, ou então – resistindo-lhe e teimando em não ceder – , a vitima é assombrada e infestada de espíritos até ao ponto da sua desgraça. A pessoa não tem alternativa senão ceder. Não há por isso escapatória de uma bruxaria de magia negra. Nenhuma escapatória. E por isso, a pessoa não tem alternativa senão ceder.
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