Amarrações para o amor
Por volta de 1817, existiu uma edição de um grimório intitulado Die goldne Tabella Rabellina, que continha a imagem de um corvo com um anel no seu bico, e vários sigilos ocultos. O notório bibliotecário Friederich Adolf Ebert (1791 – 1834) da Biblioteca real de Dresden, procurou avidamente por este livro, até conseguir obter um exemplar. Já no ano de 1750, foi impresso um outro grimório de nome Trinum perfectum magiëb alboe, que continha selos e sigilos cultos escritos á mão, e que fornecia instruções sobre como comandar espíritos. Este grimório pertenceu á colecção do famoso escritor Johann Wolfgang Goethe ( 1749 – 1832). Era com grimórios desta natureza, que as bruxas da Idade Media realizam os mais fortes trabalhos de magia negra.
Por volta dos anos de 1601, em Offenburg, uma Reichsstadt ou cidade imperial ou do Sacro Império Romano-germânico, houve uma famosa Hexe, ou bruxa de nome Else. A bruxa Else era casada com um homem de nome Martin Gwinner, e porem tinha sido seduzida pelo Diabo, que se regozijando na profanação do santo-matrimonio, visitava a jovem esposa, fazendo-lhe corte e fascinando-a com os poderes que os ensinamentos da magia negra podiam desvendar. Encantada pelas seduções, a bruxa copulou com o Diabo entregando-se-lhe em herética luxuria, cometendo o sacrilégio do adultério, pecado no qual o demónio se banqueteava. O demónio recompensou Else tornando-a numa bruxa, dando-lhe a marca do Diabo, e revelando-lhe segredos sobre os mistérios da magia negra. Porque a bruxa se tinha entregue carnalmente ao demónio profanando os santos votos matrimoniais jurados na igreja, o Diabo recompensou-a ensinando-lhe formulas para as mais fortes amarrações que eram capaz de endoidecer e desvairar qualquer esposa ou marido, levando-os a entregarem-se a qualquer amante que os mandasse amarrar através daqueles bruxedos. Não havia quem resistisse ás amarrações da bruxa, que por isso se tornaram famosas. A bruxa Else tinha uma filha de nome Agathe, que quando chegou á idade de ser mulher, também foi seduzida tal como a mãe, também tornando-se bruxa.
Na localidade de Eichstätt, Baviera, por volta dos anos de 1620 existiu uma outra notória bruxa. Tratava-se da bruxa Anna Käser, que de 1620 a 1627 alcançou fama pelas suas artes de magia negra. A bruxa Anna chegou a contar como o Diabo lhe apareceu incorporando num homem através de possessão demoníaca, e como o homem estava vestido de preto, e como ele a encantou. Depois, o demónio passou a visitá-la todas as noites. Tratava-se de um demónio Incubbus, que insistiu nas suas seduções nocturnas até que uma noite tomou a bruxa carnalmente com tamanho ardor e luxuria, que Anna perdida no frenesi de dor e lascívia prometeu entregar-se a ele para sempre, de corpo e alma. O demónio fê-la jurar fidelidade a Satanás, e prometeu-lhe que após a sua morte, a sua alma seria do Diabo que é Senhor da terra, e por isso viveria eternamente vagueando pelos quatro cantos deste mundo, livre para continuar as suas bruxarias. O pacto com o Diabo foi assim selado, e a bruxa Anna ingressou pelos caminhos da magia negra. Após a sua morte, vários relatos afirmaram que a alma desencarnada de Anna foi visto a vaguear por uma Hexenturm, ou torre das bruxas de um castelo. As suas bruxarias acabaram famosas, e o seu espírito ainda foi chamado por muito tempo, para intervir em trabalhos de magia negra, como amarrações para o amor. Quem fosse embruxado por uma amarração dessa natureza, acabava sempre por ir entregar-se ardentemente apaixonado e perdidamente enamorado por quem a tivesse mandado amarrar, e disposta a seguir essa pessoa até aos confins do mundo, como se não houvesse mais ninguém á face da terra.
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