Trabalhos de amarração
Elizabeth Knapp foi uma notória bruxa que viver na colónia Inglesa de Massachusetts em 1671, a quem o Demónio lhe apareceu, oferecendo-lhe dinheiro, sedas, jóias e riquezas, em troca da sua veneração a Satanás, e a celebração de um Pacto com o Diabo. Assim a bruxa o fez, e por isso, conforme lhe foi prometido, a bruxa recebeu tais deslumbrantes riquezas, e também realizou bruxedos que providenciavam igual boa-sorte a quem a procurava. Tais eventos tornaram-se de tal forma famosos, que acabaram registados na historia do oculto. O mesmo sucedeu a outra bruxas da colónia britânica do século XVII, a quem foram concedidos dons para cuidar de assuntos amorosos e de luxúria. As bruxas eram abundantemente procuradas por uma clientela rendida aos espantosos resultados das suas amarrações.
John Darrel ( 1562 – 1602), foi um notório padre Inglês, formado em Cambridge, que testemunhou e abordou vários casos resultantes de bruxaria. O primeiro caso que o padre Darrel testemunhou, sucedeu em 1586, quando uma jovem de nome Catherine Wright foi embruxada por uma mulher rival que lhe queria tomar o seu noivo, e acabando por ter sucesso. Foi nessa altura que o padre testemunhou pelos seus olhos, e confirmou nos seus escritos, o real e verídico poder que uma bruxaria de magia negra tem.
Por volta dos anos de 1616, havia uma célebre bruxa em Paris, chamada a bruxa Sylvine. A jovem e bela bruxa Sylvine, aos vinte e três anos tinha comungado com demónios em missa negra, entregando-se-lhes indiscriminadamente num festim de obscena luxuria, e ali tendo celebrado pacto com o Diabo. Daí em diante, dedicou-se fervorosamente á bruxaria, lançando-se á feitura de trabalhos de magia negra que eram celebrados conforme os ensinamentos que o seu espírito demoníaco familiar lhe revelava. Toda a bruxa após se ter entregado a Satanás através do Pacto demoníaco, recebe um espirito demoníaco familiar que a acompanha por toda a vida, e que lhe ensina os ocultos segredos das artes da magia negra. Por isso mesmo é que no célebre grimório Demonology (1597) do Rei James I de Inglaterra (1566 –1625), dá-se nota que por consequência do pacto que as bruxas firmam com o Demónio, «o Diabo obriga-se a ensinar ás bruxas as artes da bruxaria e as ciências da magia negra, o que é fácil ele fazer, pois ninguém nisso é mais instruído que Ele.» O aprendizado da bruxa fica assim entregue ao seu espírito demoníaco familiar, a quem o Diabo delega essa missão. Conforme a bruxa Sylvinie se tinha entregue ardentemente aos desejos dos demónios, pois estes também lhe ofereceram os segredos que destrancavam as portas do desejo e da luxuria em qualquer homem que ela desejasse. Desse modo, a bruxa celebrava amarrações ás quais não havia homem que conseguisse escapar, pois eles acabavam sempre por ir entregar-se arrabatadoramente apaixondos e febrilmente enamorados pela mulher os tinha mandado embruxar.
No século XIX, a existência de padres satânicos e freiras satânicas no seio da própria igreja era de tal forma prolifera, que a própria Igreja Católica publicou a La Revue du Diable, cuja a missão era expor a existência de padres e freiras convertidos á magia negra e ao culto ao Diabo. Foi nessa altura de uma senhora da alta sociedade, com profundas ligações á Igreja, ficou conhecida por ser uma reputada bruxa nos círculos do oculto. Tratava-se da bruxa Lucie Claraz, que prestava culto ao Diabo, e tão fortes eram os seus trabalhos de magia negra que a Igreja a excomungou em 1895. De nada serviu, pois a bruxa prosseguiu as suas artes de magia negra, ainda com mais clientela que antes, e ainda com sucessos mais espantosos. A bruxa era famosa pelas suas amarrações amorosas. Homem ou mulher que fosse embruxado, acabaria sempre hipnóticamente enamorado pela pessoa que o tinha mandado embruxar, vendo apenas aquela pessoa á sua frente, e sentindo-se capaz de a seguir até aos confins do mundo.
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