Trabalhos de amarração amorosa
A magia negra, a bruxaria e os trabalhos de magia negra são uma realidade, e não apenas crendices de camponeses incultos. Em 1678, Sir George Mackenzie, advogado escocês do Rei, escreveu várias missas oficiais nas quais atestava sobre a existência de bruxas, e confirmava por seu próprio testemunho que a magia negra era uma realidade, e que os efeitos dos trabalhos de magia negra eram muito concretos. Um dos casos observados, foi o caso da bruxa Katherine Campbell. Não apenas este caso foi testemunhado por um advogado do Rei, como por dois reputados médicos. No ano de 1696, a bruxa dirigiu um trabalho a uma mulher de nome Christine Saw, e passando por ela murmurou-lhe que já lhe havia desejado aquilo que queria que o Diabo lhe fizesse. A verdade é que passados dois dias, Christine sofreu fortes dores e convulsões. Uma amiga de nome Agnes viu-a ser levitada acima da cama, como uma boneca manobrada por uma mão invisível. Depois disso Christine sofreu vómitos violentos. Vomitou cascas de ovo, alfinetes, pequenos ossos de animais mortos, ou seja, o conteúdo dalguns ingredientes que a bruxa Katherine Campbell tinha lançado ao seu caldeirão quando lhe lançou o bruxedo. Christine foi observada por dois médicos, o Dr. Mathew Brisbane, e o Dr. Marshall. Apos examinarem a mulher, não conseguiam encontrar qualquer explicação para os eventos ocorridos. Como se pode assim comprovar, muitas das vezes nem os mais doutos médicos e doutores conseguem explicar como certos eventos acontecem, nem como certas manifestações aparecem numa pessoa embruxada. De nada lhes serve a sua preciosa ciência nesses momentos. Porem, os efeitos da magia negra nao falham, e os efeitos aparecem mesmo. Sempre.
Por volta do ano de 1662, uma lindíssima bruxa ruiva de nome Isobel Gowdie era famosa na Escócia. A bruxa Isobel Gowdie habitava na localidade de Lochloy, em Moreyshire. A bruxa iniciou-se muito jovem nas artes da magia negra, havendo sido abordada pelo Diabo aos quinze anos, e desde então frequentado Sabbat. Foi porem anos depois, já em idade adulta, que os seus trabalhos de magia negra a tornaram famosa. Em 1647, a A bruxa Isobel Gowdie celebrou pacto com o Diabo numa Igreja em Auldearne. O Diabo assim lho tinha pedido, para que maior fosse a afronta da heresia para com a Igreja. Foi naquele local santo lugar que Gowdie renunciou á fé cristã, e foi baptizada pelo próprio diabo que a picando, usou das gotas do próprio sangue para a baptizar. O sangue da iniciada uma vez entrando em contacto com o Pacto, torna-se sangue de bruxa, pois fica impregnado de essência demoníaca. A bruxa Gowdie recebeu um novo nome, que era o seu nome de bruxa. O nome era Janet, e seria esse o nome inscrito no Livro da Morte do Diabo, havendo-se assim riscado o seu antigo nome cristão do Livro da Vida de Deus. Embora neste mundo ela respondesse pelo nome cristão, porem para o Diabo e todos os demónios e espíritos do inferno, o seu verdadeiro nome era Janet, e era por esse nome que os espíritos de trevas respondiam ao seu apelo. Assim sucede com todas as bruxas, conforme sucedeu com A bruxa Isobel Gowdie. No local onde o diabo a tinha picado para extrair o sangue usado no seu próprio baptizado e Pacto, ficou uma marca, a marca da bruxa ou marca do diabo. No final, o próprio Diabo incorporado num homem através de possessão demoníaca, leu palavras blasfemas do seu Livro Negro no púlpito da Igreja, assim culminando-se a perversa heresia realizada naquele templo. Na noite seguinte, a bruxa Isobel Gowdie participou num Sabbat satânico. Isobel Gowdie foi ao encontro do Diabo, que teve relações lascivas com ela e outras doze bruxas, adoradoras de Satanás. O impuro festim de obscenidades e luxuria celebrou-se com agrado do demonio, havendo depois a bruxa Gowdie sacrificado duas criaturas animais de tenra idade em nome de Satanás, havendo o seu sangue depois sido usado em ritos satânicos, assim como em trabalhos de magia negra. Foi nessa altura que a bruxa Gowdie viu que o sangue provindo de ritos satânicos e empregue em bruxedos, conseguia produzir os mais fortes efeitos em qualquer tipo de trabalho de magia negra. A bruxa ficou assim famosa, pois os seus trabalhos de magia negra, especialmente os trabalhos de amarração amorosa, tinham efeitos espantosos. Durante as celebrações dos sabbats em que a bruxa participou, foi-lhe ensinado a dar Graças em nome do Diabo aos alimentos de uma refeição, e assim se dava graças antes dos banquetes das bruxas: «Tomamos e comemos esta refeição em nome de Satanás; Com tristeza, suspiros e vergonha; Destruiremos casas e lares, assim como ovelhas e gado guardado; Pouco bem acontecerá a todos os restantes, e nada será salvado» A colmeia de bruxas a que Gowdie pertencia, era constituída por treze bruxas, número do agrado de Satanás. Cada uma das bruxas, recebeu um espírito demoníaco familiar que as acompanhava, e auxiliava na feitura dos seus trabalhos de magia negra. Cada um desses demónios familiares tinha um nome, tais como Robert Le Rule, Roie, Swien. As bruxas desta comunidade escocesa, ou as bruxas de Lochloy, celebravam os mais fortes trabalhos de magia negra. Os seus trabalhos de amarração amorosa faziam maridos largarem amantes para regressarem ás esposas, assim como faziam amantes tomarem maridos das esposas sempre que desejassem. E caso a criatura embruxada teimasse em não fazer conforme o bruxedo mandava, então recaiam sobre sí infernais padecimentos e assombrações, até que a vítima cedesse. Cedendo, o castigo cessava. Porem teimando e insistindo em resistir, então o bruxedo persistia a castigar a vítima até ao ponto da sua desgraça. Alguns homens embruxados fosse por esposas, fosse por amantes, e porem recusando-se em ceder á bruxaria e fazerem aquilo que se desejava, viam-se de tal forma infestados de assombrações, aparições, padecimentos e desinquietações espirituais, que acabavam por suicidar-se sem motivo aparente. Ninguém conseguia explicar aqueles suicídios inexplicáveis que ocorriam da noite para o dia sem qualquer justificação, em homens que aparentemente eram saudáveis e aparentavam uma normal felicidade. E porem, quem sabia dos poderes da magia negra, bem que sabia o verdadeiro e sinistro motivo por detrás dos inesperados suicídios. Foi por isso mesmo que anos antes, na Inglaterra, o código judicial do rei Alfredo de Inglaterra ( 849 – 899), criminalizava e penalizava o acto de se atingir alguém pela magia negra. Esta proibição da magia negra, rapidamente passou á letra da Lei em todos os demais países cristãos da Europa. O rei Aelthered emitiu leis que instavam os bruxos e as prostitutas a cessarem as suas actividades, sob pena de pesados castigos. A celebração de Missas Negras para lançar trabalhos de magia negra sobre alguém, era mencionada na lei, e especialmente penalizada. Na Inglaterra, a lei de 1563 contra Conjurações de Magia Negra, a lei da rainha Elisabete I, «Norfolk Act against conjurations, enchantments and witchcraft», veio reforçar medidas contra uma realidade que na altura já era inegável, e que são os efeitos dos trabalhos de magia negra.
Montague Summers (1880- 1948), foi um padre Inglês nascido no século XIX, que se debruçou sobre o estudo das bruxas, da bruxaria e dos fenómenos da magia negra. Numa das suas obras, o padre conta como até antes da Idade Media, a magia negra e a bruxaria foram desde cedo previstas na lei dos reinos europeus, uma vez que os seus efeitos eram temidos e temíveis. O mais antigo documento encontrado de legislação francesa era o Lex salica, que foi instituído pelo rei Clovis ( f. 511), fundador da França. Já nessa lei previam-se penalizações para quem praticasse trabalhos de magia negra com finalidades prejudicais, ou que usasse do bruxedo conhecido pelo «Nó das bruxas». O «Nó das bruxas» ou a «Escada das bruxas», é um dos mais antigos bruxedos conhecidos da historia europeia. È na verdade um dos mais antigos trabalhos de amarração amorosa de que há registo histórico. Nestes trabalhos de magia negra, a bruxaria era feita através de uma corda com diversos nós enlaçados, sendo que em cada laçada era enfiada uma pena de ave negra como um galo preto, um corvo, ou qualquer outra ave completamente negra, sem a mínima ponta de branco. Colocavam-se também ossos de defunto que houvesse morrido sem ser baptizado, ou de um condenado á morte que não recebeu extrema unção, ou de suicidas, ou de falecidos abandonadas sem devidos ritos funerários. Eram assim e sempre ossos de uma alma amaldiçoada e penada. Nos enlaçamentos ou nós da corda, podia-se também enlaçar um pedaço de cabelo da vitima, ou um pedaço da sua roupa, um pequeno objecto da sua pertença, ou até um efígie representativa da vitima. Dessa forma, o bruxedo celebrado na escada da bruxa ficava ligado á vitima, e conforme era feito na corda, também sucederia á vitima. Os nós iam sendo enlaçados pela corda, o que lhe concedia a aparência de uma escada de corda. Vários nós eram dados ao longo da corda, e para cada nós havia um encantamento. Haviam também dezenas de tipos de nós diferentes para cada tipo de finalidade que se desejava alcançar, assim como os seus respectivos encantamentos. Alguns dos nós e seus respecitvos encantamentos, destinavam-se a lançar horríveis maldiçoes, e uma vez estando o trabalhos de magia negra feito, então a corda era escondida num local secreto. Enquanto a corda não fosse descoberta e os seus nós desfeitos, a maldição não abandonaria a sua vítima. Houve vários casos historicamente documentados de como este trabalho de magia negra podia infestar pessoas com temíveis maldiçoes. Em 1711, houveram sete bruxas na Irlanda, conhecidas pelas bruxas de Magee. Nessa altura, uma mulher de nome Mary Dunbar sofreu de uma inesperada indisposição, teve terríveis convulsões, e a sua saúde começou a debilitar-se de um dia para o outro, quase ao ponto de quase morte. Ninguém encontrava explicação para o estado de saúde da mulher, mas a verdade é que as bruxas Magee lhe tinha lançado o bruxedo do «Nó da bruxa», no qual havia sido amarrado um napperon que tinha sido furtado da casa de Miss Dunbar por uma mulher que queria o seu noivo. A mulher encomendou uma bruxaria para afastar Mr. Dunbar do caminho, assim abrindo alas á perspectiva de um casamento. Uma vez estando o bruxedo feito e a corda escondida num local secreto como manda o ensinamento deste tipo de trabalho de amarração amorosa, imediatamente a Miss Dunbar caiu sob o efeito da maldição, e sucumbiu á doença do dia para a noite, e sem que os médicos encontrassem qualquer explicação. Depois disso, o noivo da Miss Dunbar acabou por casar com a mulher que encomendara a amarração. A amarração de magia negra venceu, como sempre vence. Anos depois dos seus padecimentos, em 1886 foi acidentalmente descoberto num campanário de uma igreja uma corda com nós enlaçados nos quais estava um napperon, assim como penas de ave, e ossos de um animal. Uma das idosas da aldeia reconheceu o objecto, dizendo tratar-se de uma «Escada das bruxas», aquela mesma que tinha sido responsável pela maldição de Miss Dunbar. Uma das pessoas que viu a corda era de origem italiana, e imediatamente reconheceu o que era, afirmando que se tratava de «la ghuirlanda delle streghe», que era o nome pelo qual a bruxaria era conhecida em Itália. Assim se comprovava o poder da magia negra, e deste tipo de trabalho de amarração amorosa.
Outros trabalhos de amarração amorosa haveriam também de se tornar lendários. No reinado do Luís XIV, ( 1638 – 1715), a mais alta sociedade francesa andava profundamente envolvida em casos de magia negra e bruxaria . Estranhos eventos marcavam a França do século XVII de lés a lés. Maridos subitamente entregavam-se a amantes improváveis, esposas perdiam-se em casos adúlteros antes julgados impossíveis, pessoas presenciavam tenebrosas assombrações nocturnas, outras desapareciam ou faleciam sem explicação, aparições infernais eram relatadas até pelos mais cépticos e insuspeitos, e os casos misteriosos amontavam-se. Depois disso, veio-se a saber sobre vários padres satânicos que celebravam ocultas missas negras, assim como de bruxas que eram visitadas pela alta-nobreza e aristocracia real, que lhes solicitavam trabalhos de magia negra, especialmente trabalhos de amarração amorosa. Não foi preciso muito para se compreender que estavam em jogo forças misteriosas, e tudo isso chegou aos ouvidos do rei Luís XIV. Em 1677, por ordem do rei Luís XIV iniciou-se uma investigação a tais fenómenos de magia negra e bruxaria. Na sequência destes sinistros eventos, o próprio rei criou um gabinete pessoal muito discreto, e mantido fora dos olhos do publico, onde tais questões pudessem ser investigadas e averiguadas sem causar escândalos. Foi dessa forma que o rei conheceu um bruxo de nome Lesage, que juntamente com dois padres celebrou diversas missas negras. Os padres eram o padre Davot e o abade Mariette, que haviam cedido ás tentações do demonio, haviam corrompido os seus votos religiosos, celebrado Pacto com o Diabo, entregando-se depois a devassas luxurias tanto com bruxas, como com demónios femininos – sucubbus – incorporados através de possessão demoníaca em jovens donzelas, algumas delas freiras noviças de conventos dos arredores de Paris. Os trabalhos de magia negra – especialmente trabalhos de amarração amorosa – destes padres satânicos e do bruxo Lesage eram de tal forma poderosos, que a sua fama chegou ás mais altas esferas da elite da corte francesa, e os seus serviços era requisitados a peso de ouro. Uma outra bruxa de nome La Filastre, havia celebrado trabalhos de amarração amorosa com oferendas do seu próprio sangue de bruxa, e que davam efeitos espantosos. Já uma bruxa de nome Madame Lusignan e o padre Touret – também ele convertido a padre satânico – , celebravam obscenos festins lascivos de devoção a Satanás, realizando tais ritos em encruzilhadas nas florestas dos arredores de Paris, onde ali celebraramtrabalhos de magia negra com fortes efeitos, especialmente trabalhos de amarração amorosa. Na mesma altura, também o célebre Abade Guilborg havia cedido ao Diabo, feito Pacto com o Demonio, e celebrava as suas notórias missas negras. Sabia-se que o padre conseguia ter toda e qualquer mulher que desejasse, pois ele apesar da sua avançada idade, conseguia sempre as mais belas mulheres ou jovens donzelas. Por isso, o Abade satânico era sobejamente requisitado sempre que algum cavalheiro deseja possuir alguma senhora ou desflorar alguma donzela, pois os trabalhos de amarração amorosa do bruxo eram espantosamente eficazes. Houveram assim dezenas e dezenas de casos historicamente documentados sobre o poder das bruxas, dos bruxos, e dos seus lendários trabalhos de amarração amorosa. Até os mais famosos reis da história tomaram contacto e presenciaram pelos seus próprios olhos tais fenómenos, deles deixando testemunho.
Ainda hoje em dia, esses conhecimentos de magia negra perduram, e quem ainda os detém, ainda realiza os mais fortes trabalhos de amarração amorosa
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