Magia negra e demónios de John Milton
John Milton ( 1608 – 74), foi o autor de «Paradise Lost», um dos mais célebres poemas demonológicos e esotéricos, terminado em 1663. Há quem afirme que o autor teve uma verdadeira devoção artística a Satanás, assim como há quem o classifique como um brilhante demonologista que expressou pela poesia alguns dos mais preciosos saberes ocultos.
Os Demónios de Milton em «Paradise Lost»:
Astaroth, que era na verdade Astarte, uma Deusa Pagã Cananeia, parceira do Deus Baal. Os espíritos não tem sexo, e por isso este espírito manifestou-se na antiguidade na forma de uma Deusa, ao passo que aos demonologistas da Idade Media apresentou-se na forma masculina de Astaroth. Crê-se que aos bruxos ela se apresente como Deusa Astarte, ao passo que aos leigos e ignorantes nas ciências do oculto, ela se apresenta em forma masculina como Astaroth. O bispo e historiador Eusebius de Cesareia, ( 163 – 339 d.C), faz citação a algumas fontes histórias do século IV a.C, que indicam que Astarte era adorada á imagem de uma mulher com cabeça de boi, pelo que Milton se lhe refere como a Rainha do céu, com chifres crescentes.
Beelzebub, que na obra demonológica de Milton, é aquele a quem, excepto Satanás, ninguém está mais alto. No Livro II do Paradise Lost de Milton, é declarado que Beelzebub é o pilar do Estado infernal. Num dos discursos de Beelzebu descritos na obra de Milton, este queixava-se da perda dos nomes originais dos anjos, que com o passar dos séculos ficavam reduzidos aos títulos que eles haviam tido no passado, e não tanto aos seus nomes próprios. Exemplo disso é Baal que significa apenas Senhor, e Balaat, que significa apenas Senhora. E com o passar dos séculos, alguns demónios acabaram com os nomes reduzidos a títulos como senhor ou senhora, havendo-se perdido os nomes originais que lhes correspondiam.
Belial, é um espírito lascivo, fortemente inclinado para as perversidades da luxuria. As bruxas invocam-no em assuntos desta natureza.
Chemos, foi na Antiguidade o Deus dos Mabitas e dos Amonitas, conforme citados na Bíblia. Este demónio parece estar ligado também ao culto do Deus Molech, cuja a palavra significa Rei. O demónio Chemos é mencionado na Bíblia em Reis 11:7, em que é chamado a «abominação de Moabe».
Dagon, foi venerado na forma de um homem-peixe, sendo o seu nome derivado do hebraico Dag que significa peixe, sendo este um demónio que encontra habitação tanto na terra, como na água.
Mammon, o demónio da avareza, aparece no Livro II de Paradise Lost, como um demónio obcecado pelas enormes riquezas que existem debaixo da terra, (ouro, diamantes, prata, platina, etc), e que por vezes argumenta que ao invés dos demónios andarem a esticar as mãos a Deus, ou a lançar tentações ao Homem, deveriam antes dedicar-se ao inferno, e explorar as suas incomensuráveis riquezas.
Mulciber, o demónio que é chamado o arquitecto do Pandaemonium, a cidade capital do inferno. Ele é o arquitecto dos edifícios e torres erguidas nessa cidade infernal. Este demónio foi adorado pelos Romanos na forma do Deus Pagão Vulcano.
Satã, ou Satanás, que na obra de Milton é descrito como aquele que quebrou a Paz no Céu. Satanás dá como razão para a sua rebeldia ter-se sentido preterido face ao Homem, motivo pelo qual há quem lhe aponte o pecado do orgulho, mas também o pecado da inveja, ou do ciúme. Na Antiguidade, a sua queda foi vista como a rebelião de Saturno como um Deus que ele sabia ser omnipotente, e que mesmo assim afrontou. Foi por causa desta disputa, que Satanás tentou Adão e Eva, e encorajou o pecado, e por esse meio abriu uma ampla ponte de passagem entre o céu e a terra. Foi depois da ocorrência do pecado de Adão e Eva, que almas humanas começaram tanto a descer para o inferno, assim como a subir para o Céu. Desse modo, o Deus Pai Todo-Poderoso que tanto amava os humanos ao ponto de ter desprezado a Satanás, agora tinha de viver com esse humanos lá no seu precioso Céu, que antes era apenas o seu domínio exclusivo, e das suas legiões de anjos. Percebe-se em Milton, que foi essa a grande vitoria de Satanás: não foi condenar almas no Inferno, nem ali aprisioná-las; foi antes abrir uma porta para essas almas irem para o Céu. Agora, o Pai que habitasse e partilhasse o seu Reino e o seu lar com os humanos. Foi essa a grande piada e vingança de Satanás.
Minos, era o Deus Pagão de Creta, e é o demónio juiz de Hades, ou do Inferno.
Minotauro, era filho de Pasífae, que tal como a sua sobrinha Circe, era uma bruxa e tinha poderes mágicos. Havendo copulado lascivamente com um touro, deu á luz o Minotauro, parte homem, parte boi. Na demonologia, devido ao poema de Dante ( 1265 – 1321), este é encarado como o demónio dos apetites perversos.
Molech, em hebraico significa rei, e era o Deus Pagão dos Amonitas referenciados na Bíblia. È um demonio que concede as maiores das riquezas e desejos, porem exigindo o sacrifício de crianças. Os pactos que envolvem cedência de filhos futuros, são-lhe dirigidos.
Murmur, é um dos 72 espíritos de Salomão, e um dos demónios Enochianos, e é um demónio que concede meios para bruxos e bruxas invocarem espíritos dos mortos, usando-os nos seus trabalhos de magia negra.
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