Magia negra e o rito da Excomunhão
A Excomunhão é a pena eclesiástica que priva do uso dos sacramentos de Deus, e até da comunicação com os outros fieis. È a expulsão de uma pessoa do reino de Deus, da bênção de Deus, da luz de Deus, e da comunidade celestial. A alma da pessoa sofre a exclusão do total do Paraíso, e dos reinos celestiais. Após um ritual de excomunhão da Igreja católica, o padre oficiante fecha um livro, atira uma vela para o chão, e toca um sino. O livro simboliza o livro da Vida de Deus que se fecha para o excomungado. A luz da vela que se apaga, simboliza a alma do excomungado, que se torna uma alma perdida, uma alma penada. O tocar do sinal, simboliza a morte aquela pessoa aos olhos de Deus. Jacques Collin de Plancy ( 1793 – 1881) célebre ocultista e demonologista Francês, autor do influente «Dictionnaire Infernal», um tratado de demonologia publicado em 1818, dá nota de que o sino é frequentemente usado na magia negra enquanto um meio de chamamento de espíritos de pessoas mortas.
Muitos não sabem, mas bruxos que desde há séculos conhecem uma técnica para gerar um estado de profunda depressão, angustia e abatimento espiritual numa pessoa, e que é deitar-lhe um bruxedo de excomunhão. Dessa forma, apesar da pessoa nunca ter sido excomungada pela Igreja, contudo a sua alma ainda assim sente os efeitos e padecimentos angustiantes do que é passar pela expulsão do Céu. E esse é um procedimento mantido em segredo há séculos por bruxos que conhecem esta técnica de magia negra.
No acto magico praticado neste bruxedo, o livro é simbolizado pelo sal, a vela é simbolizada pelo enxofre, e o sino é simbolizado pelo mercúrio. Usando-se destes tres elementos, é possível lançar, sobre uma certa pessoa, ritos de magia negra que simulam os tormentos da perdição gerados por uma excomunhão numa alma. E assim, a pessoa embruxada acaba por sofrer tortuosos tormentos e padecer de uma grande angústia espiritual, apesar de não ter sido excomungado. Essas angústias ocorrem inexplicavelmente na pessoa que é vitima de um trabalho de magia negra da excomunhão.
Alguns bruxos, usam desta bruxedo em trabalhos de amarração, para lançar a pessoa num estado de angustia e aflição, a que lhe acrescentam a amarração em sí, ou seja, o trabalho de magia negra que força a pessoa a ir entregar-se a quem a mandou amarrar. Dessa forma, os ritos de excomunhão apenas deixam de ser praticados qaundo pessoa se entrega ao mandante da amarração. E tal é a desmoralização, a depressão e a angustia da pessoa embruxada, que ela não tem outra alternativa senão ir-se entregar a quem a mandou amarrar. E por isso, ela acaba sempre por se entregar. Sempre.
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