Magia negra e os grimórios dos Papas
Vários foram os Papas ligados á magia negra e ao estudo das suas artes demoníacas. O famoso Le Grimoire du Pape Honorius , é um grimório de magia negra atribuído ao Papa Honorio III ( 1148 – 1227) Já o Papa Silvestre II cujo o pontificado durou de 909 a 1003, embrenhou-se profundamente no estudo das artes da magia negra, e tal facto foi atestado no século XII, pelo historiador William of Malmesbury.
Do escandaloso Papa Alexandre VI,( 1431 – 1503), o Borgia oriundo de Espanha, sabe-se sobre o célebre caso incestuoso, assim como consta que terá celebrado Missa Negra dentro dos muros do próprio Vaticano, onde ocorreram extravagantes festins de luxuria e deboche.
Outro caso que ficou celebre, foi o do Papa Bonifácio VIII (f.1303), que praticou ritos de magia negra. O Papa foi várias vezes visto a celebrar rituais satânicos, nos quais sacrificava um galo, aspergindo depois o sangue para um fogo, e seguidamente recitando encantamentos demoníacos em Latim, lidos a partir do seu livro de magia negra. Estes eventos foram testemunhados e documentados de 1303 a 1311.
Um celebre grimório de outro Papa, foi o Enchiridion do Papa Leão III ( 750 – 816 d.C). O Enchiridion é um famoso grimório que se diz ter sido encomendado pelo Papa Leão III como um presente para Carlos Magno ( 742 – 814 d.C). O livro aparece impresso em 1523, pelo que alguns atribuem antes a sua autoria ao Papa Leão X ( 1475 – 1521).
Vários foram os papas que possuíram ou até mandaram fazer grimórios de magia negra, onde hierarquias demoníacas, invocações demoníacas e formulas de magia negra foram documentadas. Verifica-se assim com documentos historicamente fieis, que até os Papas conheciam a magia negra, lidavam com a bruxaria, e davam testemunho do seu poder e da autenticidade dos seus efeitos. E foram os próprios Papas, alguns dos autores dos mais influentes grimórios.
No sínodo de Laodiceia ( 343 – 381), a igreja decretou que os padres não podiam exercer as artes da magia, pois que ela expunha-os a contacto com demónios, e os seus efeitos eram bem reais. Desse modo, desde os seus primeiros dias que Igreja reconhecia oficialmente a magia negra e a bruxaria como realidades verdadeiras.
Porem, a verdade é que muitos padres ao longo da história praticaram magia negra. O célebre ocultista Henry Cornelius Agrippa von Nettesheim, ( 1486 – 1535), um contemporâneo de Faustus – o notório doutor que fez o lendário pacto com o demónio –, e autor do influente «De occulta Philosophia» (1531-33), dizia no seu famoso Grimorio The Agrippa : «No inicio, apenas os padres possuíam grimórios de magia negra. Estavam escritos em Latim, e por isso apenas eles e homens eruditos os conseguiam ler. Cada um tinha a sua copia. No dia seguinte á ordenação, eles o encontrariam na sua mesa de cabeceira quando acordassem, sem saber de onde vinha ou quem os trouxera.»
O notório matemático John Napier, ( 1550 – 1617), afirmou com conhecimento sobre o assunto, que vinte e dois Papas havia sido praticantes de necromancia e magia negra, havendo alguns celebrado pacto com o Diabo para alcançarem os seus papados. Uma lista desses vinte e dois Papas foi editada em 1566. Entre os nomes, estavam o Papa Alexandre VI ( 1431 – 1503), que deu o corpo e a alma a demónios, Gregório VII ( 1015 – 1085), que foi um grande bruxo e necromante. Já os Papas Leão e Honório foram desde sempre reputados praticantes das artes da magia negra. Também muitos padres, abades e sábios da Igreja lidaram com os saberes da magia negra. O padre e autor eclesiástico Michael Scot, ( 1175 – 1232), leu e traduziu trabalhos de Aristóteles, havendo descoberto grandes segredos de magia negra no processo de investigação de obras antigas. O notório padre Scot foi autor de um célebre livro de inovações demoníacas, que foi lido e estudado pelo celebre o Abade Johannes Thrithemius (1462 – 1516). Já o celebre padre e filosofo Roger Bacon ( 1214 – 1294), foi autor de notórios grimórios de magia negra, e numa das suas missivas privadas, assim diz Bacon sobre os deveres de um bruxo: «Os nossos deveres devem ser de cuidar de tais livros, [ os grimórios de magia negra] pois estão repletos de encantos, sigilos, figuras, conjurações sacrifícios e similares»
O padre e demonologista faz depois menção ao grimório demonológico De Officis Spirituum, uma das fontes da obra do notório demonologista Johanes Weyer ( 1515 – 1588), discípulo do célebre ocultista Cornelius Agripa ( 1486 – 1535), e autor do influente Pseudo Monarchia Daemonum.
Em 1527, um padre chamado Willian Stapleton era conhecido por ter o grimório Thesaurus Spirituum, um livro de magia negra que usava para seu próprio beneficio.
Existe um famoso grimório de magia negra do século XVIII chamado Petit Albert. ou Petit Albertus. O grimório teve um enorme sucesso nos círculos do oculto, especialmente entre bruxas veneradoras de Satanás, e os efeitos dos seus bruxedos são tão certeiros que se tornaram lendários. O seu autor foi o notório frade dominicano, Bispo e ocultista Germânico Albertus Magnus, ( 1205 – 1280), motivo pelo qual a obra se chama «Pequeno Albertus», pois que muitas bruxas olhavam para este grimório como um pequeno mestre que as acompanha, e que era do célebre Bispo Alberto.O grimório foi sendo passado de mão em mão em versões manuscritas, até que foi publicado em 1602.
Estes e outros tesouros de invocação de espíritos de mortos e demónios, são a fonte histórica e oculta das grandes sabedorias de magia negra que perduram até aos dias de hoje. Todo estes conhecimentos foram profundamente estudados por padres, abades e até Papas, conforme o foram por são Cipriano o bruxo (f. 258 d.C).
Assim se sabe que desde há séculos que a própria igreja não apenas conhece, como lida com a magia negra, e é uma das maiores testemunhas da real veracidade dos seus resultados.
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