Malleus Maleficarum
O Malleus Maleficarum foi criado em 1486 por H. Kramer e Jacob Sprenger, ambos membros da Ordem Dominicana e Inquisidores da Igreja Católica.
Outra obra também reveladora de muitos segredos sobre bruxas, foi escrita no sec XVI, Peter Binsfeld, um bispo, juiz e caçador de bruxas alemão, que escreveu De confessionibus maléficorum at sagarum – «confissões das bruxas» , 1598 – , onde estabeleceu uma relação directa entre os 7 pecados mortais e 7 demónios regentes do inferno, ou 7 demónios.
Já o Malleus Maleficarum – 1486 – de H. Kramer e Jacob Sprenger, acabou sendo sancionado como um instrumento de inquisitório oficial contra bruxarias e heresias, através da bula papal Summis desiderantes affectibus promulgada a 5 Dezembro 1486 pelo Papa Inocêncio VIII.
Foi através desta histórica bula papal, que a igreja reconhece a existência das bruxas e da bruxaria, assim como concedeu autorização para que os praticantes de bruxaria fossem perseguidos e eliminados. E assim, inaugurou-se a sangrenta caça ás bruxas que durou séculos e foi responsável por um autêntico genocídio de mulheres e homens em todas as latitudes do continente Europeu, chegando mesmo a afectar os inícios da história norte Americana. ( Para saber mais sobre livros históricos de magia negra, leia: MAGIA NEGRA E GRIMÓRIOS SATÂNICOS)
No Malleus Maleficarum ( 1486), os demonologistas Jacob Sprenger ( 1438 – 1495), e Heinrich Kramer, ( 1430 – 1505), confirmam que a magia negra, as bruxas, a bruxaria e os trabalhos de magia negra sáo realidades irrefutáveis, afirmando expressamente que se é verdade que os poderes e efeitos da magia negra, da bruxaria e dos trabalhos de magia negra não se podem ver, porem a natureza está cheia de coisas que não se podem ver e porem são reais, como o magnetismo que atrai ou repulsa metais, tal conforme também afirmou são Agostinho ( 354 – 430), no XX livro da sua obra «A Cidade de Deus».
Já sobre as bruxarias e os trabalhos de magia negra, ( como as amarrações), os demonologistas Sprenger e Kramer afirmam no Malleus Maleficarum, que «O poder do Diabo é influenciar a vontade do homem» Por isso, o poder da magia negra é influenciar a vontade do homem, seja através das tentações dos pecados que o aliciam, seja pelos castigos que o atormentem caso teime em não ceder aos fins de uma bruxaria. Seja como for, aquilo que uma bruxaria faz é vergar a vontade do homem, seja a bem e pelas delícias das tentações, ou seja a mal e pelos infernais castigos dos tormentos.
Afirmavam igualmente os demonologistas Sprenger e Kramer, que «abjurar a fé cristã, é a raiz da bruxaria». Sobre as amarrações amorosas, diz o Malleus Maleficarum que o diabo pode levar as pessoas ao amor ou ao ódio, e que o faz de duas maneiras, uma visível, e uma invisível. A maneira visível é fazendo-se manifestar num corpo, e persuadindo a pessoa a pecar. Diz o Malleus Maleficarum «Foi assim que o Diabo fez com Adão e Eva no paraíso, e também como abordou Jesus no deserto, aparecendo-lhe numa forma visível.» A maneira invisível, é perturbando o intelecto da pessoa, seja lançando-lhe tentações deliciosas que a fazem desviar do caminho certo, ou então castigando-o com duros castigos para o demover de permanecer no caminho que está. È justamente assim que as influencias diabólicas agem na vitima embruxada, ou seja, de maneira invisível, e invisivelmente perturbando a criatura amaldiçoada, até leva-la a ceder aos intentos do bruxedo.
O Malleus Maleficarum disserta sobre os três elementos fundamentais á concretização da bruxaria, sendo eles:
I
A existência de uma bruxa
II
A ajuda do demónio na persecução das intenções da bruxa
III
A permissão de Deus para que tais actos possam ocorrer
O Malleus Maleficarum, é por isso um tratado sobre bruxaria, (identificando o fenómeno, assim como dissertando sobre os meios de o reprimir), que se encontra dividido em três secções, sendo estas:
Secção I
A primeira secção refuta a negação da existência da bruxaria, alegando que a mesma é uma realidade que embora invisível é porem tangível e capaz de ter efeitos muito claros na vida das pessoas. Nesta secção, defende-se a existência do Diabo e toda a realidade demoníaca, afirmando que o demónio tem o poder de fazer grandiosos prodígios, assim como declarando que as bruxas existem para auxiliar os demónios a concretizarem os seus actos. Curiosamente, é declarado que as bruxas apenas podem realizar os seus feitos mágicos, se auxiliadas por Satanás e com a permissão de Deus. Neste capítulo, é também esclarecido que terreno mais fértil e o mais poderoso favorecedor do poder do Diabo é a sexualidade. Por isso, é afirmado que a mulher é mais passível de ser bruxa, pois o Diabo tende a preferir corromper belas mulheres que gostam da ardência do prazer sexual. Porem, embora em menor numero, também se acredita que o Diabo recruta homens, sendo que esses tem de se lhe submeter da mesma forma que as bruxas, o que é considerado pela Santa Inquisição como uma abominação. O vício sexual de belas mulheres é por isso a porta preferida do Diabo para entrar neste mundo e recrutar as suas servas, ou seja: as bruxas . Assim, mulheres livres e libertinas tinham relações sexuais com o Diabo, pagando dessa forma como seu corpo a entrada no reino infernal e tornando-se dessa forma bruxas, adquirindo o seu poder sobrenatural por via da carnalidade, comprando-o com uma forma de prostituição demoníaca.
Citando o Malleus Maleficarum, assim está escrito nesta I secção :«toda a bruxaria nasce da luxúria carnal, que nas mulheres é insaciável».
Por isso o Malleus Maleficarum debruça-se sobre a existência das bruxas mulheres , sobre a sua origem, e a sobre a bruxaria por elas praticada. E porem, pergunta-se: então e os bruxos homens ? Não são tratados neste grimório? Responde-se: Sim, são. Porem, mais frequentemente são-no na seguinte perspectiva:
O juiz e caçador de bruxas Pierre de la Lancre, ( 1553 – 1631), que esteve ao serviço do rei Henrique IV, deixou relatos documentados sobre os Sabbats das bruxas, onde o diabo se fazia manifestar incorporando fosse num bode negro, ou fosse num homem, sempre através de possessão demoníaca de um corpo. Tais relatos encontram-se documentados na obra «Tableau» de 1612, no qual se constatava que o demónio possuía lascivamente as bruxas a seu bel-prazer, desde as mais jovens e belas que sentavam junto dele nas primeiras filas do Sabbat, ás menos favorecidas pela beleza, e até as mais idosas. Porem, no que respeita a bruxos-homens, Pierre Vallin, um bruxo idoso do século XVII, afirmou abertamente que quando se tratava de visitar bruxos e de celebrar Sabbats com eles, assim como de os recrutar para selarem Pacto Infernal, o Diabo incorporava no corpo de uma jovem rapariga, por vezes uma rapariga desflorada recentemente mas que já tinha o habito, o vício e o gosto de ter o demónio dentro de sí, ou seja uma jovem bruxa. O Diabo tomava conta e domínio daquele jovem corpo feminino através de possessão demónica, assim copulando com o velho bruxo em actos pecaminosos, através dos quais o bruxo se entregava a perversos caminhos heréticos, e aceitava o Diabo como seu Senhor e Mestre.
Já o demonologista renascentista Girolamo Menghi , autor do Compendium of the Arts of Exorcism , a firmava que infinitas eram as formas que os demónios podiam assumir para se aproximar e perverter ou corromper o homem e a mulher. O demonologista aderiu á ordem dos franciscanos 1552. Foram varias as obras que escreveu, tais como Flagellum Daemonum ( 1557), Fustis Daemonun ( 1588), e o Compendium ( 1576). Nessas obras Menghi afirma que os demónios são espíritos, e por isso não tem sexo, isto é, não são macho nem fêmea. Por isso, eles apresentam-se ao ser humano conforme a própria inclinação natural do ser humano aos qual eles se estão a manifestar, de forma a favorecer o desejo da pessoa que o demónio deseja possuir. Se se trata um homem que goste de mulheres, o demónio far-se-á apresentar num corpo de uma linda mulher do agrado desse homem; se for uma mulher que se agrade com homens, então far-se-á apresentar na forma de um belo homem que lhe agrade; a carnalidade é por isso um meio para chegar a um fim. Ora, o meio é a sedução e o desejo, sendo que o fim é a corrupção daquela pessoa, a possessão daquela pessoa, levando-a aos caminhos da magia negra. Foi justamente por este meio, que muitos padres e freiras foram seduzidos por demónios, levados a subverter os seus sacramentos, e a celebrar Pacto com o diabo, por meio do qual receberem os ímpios sacramentos satânicos, tornando-se freiras e padres satanicos, passando a oficiar nas artes da magia negra, e celebrando os mais poderosos trabalhos de magia negra.
Havia por isso uma tese, segundo a qual um bruxo teria quase sempre uma origem peculiar, ou seja: muitos dos bruxos seriam homens do clero – padres, abades, monges, freis – , que estando sacramentados por Deus, porem subvertiam esses sacramentos sacerdotais, e passavam a servir ao Diabo. Tanto podiam ser os padres da Igreja Romana, como os padres da Igreja Ortodoxa, como os pastores e reverendos das Igrejas Protestantes e outras Igrejas Confessionais ou Denominacionais que entretanto se fundaram e espalharam pelos quatro cantos do mundo. Assim, desde que se tratasse de um sacerdote cristão de uma igreja Cristã – seja ela qual for – os sacerdotes a quem o diabo se insinuava, acabavam por inverter, perverter, corromper e dessacralizar os seus votos, dessa forma tornando-se servos do Diabo, ou seja, padres satânicos. Dessa forma, e através de pacto firmado com o demonio, eles recebiam os impuros sacramentos do sacerdócio ao Diabo, e tornavam-se secretamente bruxos. A lógica desta doutrina teológica medieval, assentava no seguinte pressuposto:
Os demónios sendo como são por natureza, agrada-lhes o pecado. È como o mel para a abelha, é uma fragrância irresistível, e é no pecado que eles se saciam. E nada lhe é mais apetecível – para alem da sedução e conversão de uma bela bruxa – , senão o pecado supremo de alistar nas suas fileiras homens e mulheres de Deus, ou seja: padres e freiras. A conversão de homens de Deus ao Diabo, era assim a outra porta de entrada para se tornar bruxo. Por isso mesmo, ao longo dos tempos da caça ás bruxas, não apenas bruxas foram perseguidas, como também diversos padres e freiras satânicas.
Os históricos julgamentos dos Cátaros, dos Valdenses e do Templários foram famosos, e destinaram-se a encontrar esses bruxos ou ímpios padres satânicos que trabalhavam ocultamente no seio da igreja e das ordens religiosas, secretamente servindo e prestando o herético culto a Satanás.
Secção II
A segunda secção, descreve as formas de bruxaria que existem, assim como os remédios existentes para a combater.Nesta secção II do Malleus Maleficarum, os autores debruçam-se sobre a prática da bruxaria através da análise de casos concretos. Nesta secção dão analisados os poderes sobrenaturais das bruxas, assim como as técnicas de recrutamento de novas bruxas. Segundo esta secção, não é o Diabo que recruta directamente as suas servas neste mundo, mas antes são as bruxas que desempenham essa tarefa pelo Diabo, ou ao serviço do demónio. As técnicas de recrutamento resumem-se a 2 estratégias:
I
Fazer com as coisas corram de tal forma mal na vida de uma mulher – ou de um homem – , que ela – ou ele – é levada a consultar uma bruxa. Ao faze-lo, cai na teia da bruxa, que assim a vai seduzindo, ou com as delicias da luxuria, ou com o fascínio dos poderes das trevas, ate que a vitima se transforme numa bruxa por via da livre aceitação de um pacto demoníaco.
II
Introduzir na vida de uma mulher, outras jovens e belas mulheres, (servas do Diabo), ou belos demónios incorporados em forma de belos homens, ou até incubus, de forma a desvia-la para os caminhos de pecado, fazendo-a gradualmente cair da tentação carnal, e subsequentemente a ceder ao caminho das trevas. Dessa forma a mulher é levada a aceitar Satanás por seu AMO e SENHOR, entregando-se-lhe carnalmente, e dessa forma selando o Pacto demoníaco, assim transformando-se ela mesma em bruxa, e serva do Diabo. Tratando-se de homens – caso muito menos comum –, eles costumam também ser abordados por lindas e sensuais mulheres, (sejam bruxas, ou demónios incorporados em corpos femininos extremamente atraentes, ou até sucubus), que a seu tempo o vão corrompendo, subvertendo e reeducando, até que ele aceite a Satanás, e se submeta ao Senhor das Trevas, tornando-se seu servo. Por esse meio, é consumado o Pacto Satânico, e ele torna-se bruxo, servo do Diabo.
Esta secção II também revela como é que as bruxas lançam feitiços e encantamentos, assim como os remédios que podem proteger contra tais fenómenos mágicos.
Secção III
A terceira secção destina-se a auxiliar os juízes inquisitórios na sua tarefa de identificar bruxas e combater o fenómeno da bruxaria.
Esta secção III é a parte jurídica do tratado, ou seja:
descreve como identificar e acusar uma bruxa. Os argumentos acusatórios são claramente expostos como um guia pratico para consulta dos magistrados da Santa Inquisição, facultando passo a passo um manual instrutório que diz como se realizar um processo de julgamento de uma bruxa, desde o momento da recolha de provas para fins da acusação formal sobre bruxaria, aos métodos de interrogatório da bruxa e testemunhas, ate à formulação da acusação e consequente julgamento.
A Marca da Bruxa
A «marca da bruxa» ou a «marca do Diabo», era uma das formas que o Malleus Maleficarum indicava para obter uma prova concreta, directa e irrefutável da identificação de uma bruxa. Henry Hallywell(1640-1703), na sua obra «Melampronoea» de 1681, menciona a marca do Diabo ou a marca da bruxa, descrevendo-a como uma fonte de energias através da qual os demónios se vem alimentar a este mundo, para neste mundo persistirem a empreender nas suas actividades demoníacas, dessa forma permitindo á bruxas celebrarem os mais fortes trabalhos de magia negra. Se bem que os demónios podem fazer isso recorrendo-se tempos a tempos de animais, porem eles preferem saciar-se na privilegiada fonte – para eles, deliciosa – que é uma bruxa. Assim, o demónio alimentar-se-ia das energias vitais da bruxa, de forma a ter forças para permanecer neste mundo e executar os seus desígnios. Por seu lado, a bruxa conservar-se-ia neste mundo através da possessão do espírito demoníaco, que estando dentro dela a tornava mais resiliente e resistente nesta vida terrena, ao passo que lhe concede os dons da bruxaria. Tratava-se de uma simbiose explicada pelo autor. A marca é sempre um local totalmente indolor no corpo da bruxa, pois o acto do demónio extrair energia vital é doloroso, pelo que o local pelo qual o faz tem de ser um sitio no qual a bruxa não sinta qualquer dor, a fim que o processo decorra tranquilamente, e sem causar suspeitas a outrem, nem desconforto á própria bruxa. Por isso, o teste mais simples para encontrar a marca, era usar-se de uma simples agulha, procurando por sinais no corpo que sendo trespassados, sangrassem sem causar qualquer dor, ou fossem perpassados de forma totalmente indolor. Por vezes, esta marca assumia uma forma muito semelhante a um pequeno mamilo. Sabe-se de casos documentados de bruxas que, de facto, tinham esse pequeno mamilo insensível oculto no seu corpo.
Foi o caso que se verificou em 1621, da celebre bruxa de Edmontin, Elisabeth Sawyer, assim como da ainda mais famosa bruxa de Salem, Bridget Bishop (1632-1692). Houve porem quem distinguisse entre a «marca da bruxa», e a chamada «marca do Diabo». Havia quem afirmasse que a marca da bruxa era essa espécie de «mamilo» através do qual o demónio se alimentava da bruxa, e porem a «marca do diabo» era antes uma outra marca que visava identificara bruxa enquanto pertença do Diabo, da mesma forma que o gado marcado com um ferro, ou até como se marcavam os escravos da antiguidade para identificar o seu proprietário. Ao aceitar o pacto demoníaco, a bruxa aceitava incondicionalmente receber tanto uma marca, como a outra. Esta questão foi levantada em 1662, aquando do caso da celebre bruxa Amy Duny, uma das bruxas de são Edmundo, em cujo o corpo se denotavam dois tipos de marcas diferentes: a típica marca da bruxa ou mamilo oculto, e a marca do diabo. Porem, ambas as marcas tem em comum que são local que podem ser tocados ou trespassados sem qualquer dor para a bruxa.
Em resumo:
O sangue da própria bruxa assinando um contrato demoníaco, bem como a relação carnal com o Diabo através do qual a liturgia infernal é praticada para outorgar o pacto infernal, são os meios descritos e através dos quais se jurava obediência a Satanás, ao passo que se renegava Deus e em suma se entregava a alma ao demónio para adquirir poderes sobrenaturais de bruxaria.
Aquela pessoa que se entregava ao demónio, era marcada pelo Diabo. A esse sinal, chamava-se a «marca da bruxa», ou a «marca de Caim».
Essa marca corporal confirma que a bruxa é na verdade uma bruxa. A marca não pode ser um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o Diabo assume poder sobre essa pessoa, ou escolheu essa pessoa para ser seu servo e sacerdote.
A «marca» é deixada pelo demónio no corpo da bruxa como forma de assinalar a obediência dessa pessoa para com o Diabo.
A «Marca» é criada de diversas formas: ou pelas garras do Diabo ao passar pela carne do seu servo, ou pela língua do Diabo que tocando o individuo, lhe deixa a marca demoníaca. A «marca» pode-se manifestar em diversas formas: Uma verruga, uma cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente insensível.
As teses ocultistas mais actuais, tendem a identificar esta «marca do Diabo» não como um sinal físico presente no corpo da bruxa, mas antes como um «sinal» marcado na alma da bruxa, ou seja: o seu «nome espiritual», o nome com que bruxa viverá depois do pacto com o Diabo, e com o qual fará as suas bruxarias.
Um caso que ajuda a reforçar esta tese, sucedeu na Escócia do século XVII. Por volta do ano de 1662, uma lindíssima bruxa ruiva de nome Isobel Gowdie era famosa na Escócia. A bruxa Isobel Gowdie habitava na localidade de Lochloy, em Moreyshire. A bruxa iniciou-se muito jovem nas artes da magia negra, havendo sido abordada pelo Diabo aos quinze anos, e desde então frequentado Sabbat. Foi porem anos depois, já em idade adulta, que os seus trabalhos de magia negra a tornaram famosa. Em 1647, a A bruxa Isobel Gowdie celebrou pacto com o Diabo numa Igreja em Auldearne. O Diabo assim lho tinha pedido, para que maior fosse a afronta da heresia para com a Igreja. Foi naquele local santo lugar que Gowdie renunciou á fé cristã, e foi baptizada pelo próprio diabo que a picando, usou das gotas do própria sangue para a baptizar. O sangue da iniciada uma vez entrando em contacto com o Pacto demoníaco, torna-se sangue de bruxa, pois fica impregnado de essência demoníaca. A bruxa Gowdie recebeu um novo nome, que era o seu nome de bruxa. O nome era Janet, e seria esse o nome inscrito no Livro da Morte do Diabo, havendo-se assim riscado o seu antigo nome cristão do Livro da Vida de Deus. Embora neste mundo ela respondesse pelo nome cristão, porem para o Diabo e todos os demónios e espíritos do inferno, o seu verdadeiro nome espiritual era Janet, e era por esse nome que os espíritos de trevas respondiam ao seu apelo. Assim sucede com todas as bruxas, conforme sucedeu com A bruxa Isobel Gowdie.
O «nome espiritual» é o nome que o demónio concede a uma bruxa quando ela outorga o seu pacto infernal, e é a «marca» que identificará para sempre essa pessoa diante do Diabo, da mesma forma que o «nome de baptismo» Cristão identifica uma pessoa diante de Deus.
Assim, se o «nome de Baptismo» identifica uma pessoa diante de Deus, o «nome demoníaco» é o «sinal» por via do qual uma pessoa se identifica perante o demónio.
Ao ser baptizado por Deus, recebe-se um nome, e ao ser «baptizado» pelo Diabo, recebe-se outro.
Os autores de «Malleus Maleficarum», ( Jacob Sprenger e Heinrich Kramer – Sec XV), descreviam as relações carnais entre demónios e bruxas, não como um acto de amor, mas antes como um mero processo por via do qual um pacto demoníaco era firmado.
A carnalidade era uma parte do compromisso que os homens e mulheres assumiam aquando da celebração do seu pacto com o Diabo.
O objectivo da carnalidade era venerar o demónio, era demonstrar a total submissão, vassalagem e servidão para com Satanás, submetendo-se por esse meio ao Diabo e assim concedendo ao espírito impuro tudo aquilo que esse pedisse. Pois se o padre se submete a Deus pela castidade, assim como pela elevação espiritual… já o bruxo fazia o oposto, ou seja: submetia-se ao Diabo pela submissão carnal, assim como pela servidão e pela vassalagem a Satanás.
Muitos teólogos Cristãos apoiaram esta ideia de submissão ao demónio pela carnalidade. Acreditava-se que padre e freira reservam-se entre eles para Deus através da castidade, mantendo com Ele um laço espiritual e um pacto celestial, conservando para Deus o celibato e a virgindade, adorando-o apenas em espirito e visando a virtude e santidade daquilo que é celestial, sendo é através desta entrega espiritual celibatária e casta a Deus, que se ganham os dons do espírito e os sacramentos que vem do Deus do cèu. Ao contrario, bruxo e bruxo fariam o oposto disto, ou seja: reservam-se entre eles para o Diabo, mantendo com os demónios um laço carnal que é um pacto de submissão e vassalagem, tomando Satanás como Senhor e Amo, cometendo com os demónios a perversão, a abominação, o pecado. È através desta entrega ao pecado com o Diabo, desta profana servidão para com o demónio, e desta submissão carnal a Satanás, que eles ganham os sacramentos satânicos e os dons da bruxaria.
Padre e freira procuram semear a santidade e conduzir á virtude, ao passo que bruxo bruxa procuram semear a devassidão e conduzir ao pecado.
No seu culto padre e freira celebram ritos de clamor ao Deus do Céu, submetendo-se á doutrina da Igreja; nesse culto, celebram Missas Brancas e liturgias Dominicais, nas quais oficiam a veneração ao Deus Único, sua virgem-mãe, seus anjos, e seus santos; já no seu culto, bruxas e bruxas celebram rituais de magia negra que são heréticos ou contra a doutrina da Igreja; nesse culto, celebram Missas negras, nas quais praticam a heresia da idolatria que é praticada diante de um altar do Deus Único, da sua virgem-mãe, dos seus anjos e dos seus santos, ali realizando-se diante deles a veneração a Satanás, a Lilith, a Astaroth e aos demónios, através de actos de abominação, luxuria, perversão e sacrilégio.
Na sua doutrina padres e freiras defendem a santidade; já na sua doutrina, bruxas e bruxos defendem a dessacralização daquilo que é do Deus dos Céus, assim como a perversão, profanação e devassidão dos seus mandamentos, e sempre em nome do Deus do mundo do Além-túmulo, ou do mundo dos mortos, ou do submundo.
Padres e freiras praticam o seu oficio piamente, ou seja, de forma misericordiosa e por caridade. Trata-se da relação santa entre os vivos e o Deus dos Céus; já no seu culto bruxas e bruxas praticam o seu oficio impiamente, ou seja, por dinheiro, e sempre com um preço; trata-se do comercio infernal e profano entre os vivos e os demónios.
Em resumo: nestas visões medievais da bruxaria, os padres e as freiras são os sacerdotes servos e servas do Deus do Céu, ao passo que os bruxos e bruxas são exactamente o oposto, ou seja, são os sacerdotes servos e servas do Diabo, do Deus do Hades, do Senhor do reino do Além-túmulo, do Imperador do reino dos mortos, ou seja… de Satanás.
Acreditava-se na Idade Media que era pela carnalidade que o Diabo firmava pacto com a bruxa, pois era dessa forma que a bruxa mostrava a sua servidão, vassalagem, sujeição e veneração ao demónios, e era por essa consumação que o demónio concedia dons e poderes á bruxa. Acreditava-se que era por esse meio se fazia pacto com Satanás desde o inicio dos tempos, pacto selado pela carnalidade, pacto selado pelo pecado da luxuria, pacto selado pela lascívia da carne, aliança feita de pecado e heresia, através do qual SATANÁS possuindo a bruxa, com ela firma PACTO DEMONÍACO, através do qual concede á bruxa os seus poderes de bruxa, e através do qual a bruxa assume vínculo infernal com o DEMONIO.
Dai em diante a bruxa torna-se meretriz/prostituta de Satanás, serva de Satanás, sacerdotisa de Satanás, e protegida de Satanás.
Conforme a freira é virgem que se guarda para Deus numa relação celibatária e apenas espiritual, a bruxa é o seu oposto, ou seja: a bruxa é prostituta/meretriz que se guarda para o Diabo numa relação carnal e de luxuria, e que se entrega a SATANÁS numa relação de profana submissão e pecaminosa vassalagem.
Conforme a freira dedica a sua vida a Deus, a bruxa dedica a sua vida a SATANÁS.
Conforme o padre dedica a sua vida a Deus em castidade, numa relação celibatária e puramente espiritual para com o seu Senhor do Céu, o bruxo faria o oposto, ou seja: o bruxo dedicaria a sua vida ao Diabo entregando-se á relação carnal e pecaminosa para com os demónios, no caso dos homens sendo eles sucubus. È dessa forma que ele alcançaria os sacramentos satânicos e os dons da bruxaria.
A freira e o padre praticam a obra de Deus neste mundo, fazendo piamente e por caridade, ao passo que a bruxa e o bruxo praticam a obra de SATANÁS neste mundo, fazendo-o impiamente e a troco de dinheiro . A obra de SATANÁS neste mundo, é a obra da BRUXARIA e da MAGIA NEGRA, em troca da qual se recebem os proveitos da sua arte e a protecçao do seu Senhor Satanás.
Exemplos reais, atestados e comprovados de bruxas, bruxaria e Pactos com o Demónio ao longo da história, existem e encontram-se documentados.
Eis alguns exemplos:
1
Em 1664 uma bruxa de nome Elisabeth Style confessou em tribunal ter realizado um pacto com Satanás, e que fora por via desse facto que ela houvera conseguido riquezas e um vida faustosa.
2
Em 1616, uma bruxa de nome Stevenote de Audebert, apresentou em tribunal prova de um pacto com o Diabo: ela revelou um contrato escrito por via do qual ela havia realizado um pacto demoníaco.
3
Em 1634, soube-se que um poderoso bruxo e padre satânico de nome, Urbain, cujos os feitos mágicos eram temidos e reconhecidos, havia outorgado um contrato demoníaco. O documento ainda se encontra arquivado na Biblioteca Nacional em Paris, França.
4
Também na Biblioteca de Upsala, encontra-se arquivado o contrato por via do qual um estudante de nome D. Saltherius realizou um pacto demoníaco. O seu pedido foi satisfeito, pois ele conseguiu alcançar a posição profissional que desejava numa famosa universidade Alemã.
5
Theophilus de Adana, ( Sec VI d.C.), também procurou um bruxo e realizou um pacto com o Diabo, por via do qual conseguiu alcançar a elevada posição de Bispo. Um famoso quadro de Michael Pecher , ( 1430-1498), denominado «Augustinus und der Teufel», ( obra de 1471), retrata precisamente este pacto demoniaco.
6
È famoso na historia do ocultismo, o caso do Papa Silvestre II , que se tornou Papa no ano de 999 d.C., – uma clara alusão ao número 666, o número da Besta – e que no final da sua vida confessou ter feito um pacto com uma demónio Sucubus de nome Meridiana.Embora deste pacto não tenha sobrevivido nenhum documento fisico, porem a confissão de um Papa já vale mais que qualquer papel.
7
Em 1619, uma freira de nome Benedetta ficou conhecida por ter feito um pacto demoníaco. Quando foi interrogada pelas autoridades eclesiásticas, a freira alegou ter sido abordada por um lindo anjo masculino que se dizia chamar Splendiletto. A freira foi assim seduzida pelo anjo masculino, que a possuiu em acto de impura lascívia carnal. Pela consumação de pecado e sacrilégio com uma irmã reservada a Deus, profanando com ela os sagrados votos do celibato, o Diabo selou com a freira o seu Pacto demoníaco. Durante os interrogatórios, a freira muitas das vezes respondia com a voz masculina desse anjo, o que confirmou o fenómeno de possessão demónica, pois é bem sabido que o Diabo pode fazer assumir na forma de um belo anjo masculino de luz, e até mesmo na forma da Virgem Maria, ou de Jesus Cristo. Em sequência do seu pacto, a freira dedicou-se abundantemente á pratica da bruxaria, sendo que o seu poder era assinalável e os resultados eram espantosos. A freira dedicou-se também a disseminar actos de luxuria com outras mulheres do clero, seduzindo-as e levando outras freiras a entregar-se á pratica da concupiscência da lascívia, assim como a actos de sacrilégio e pecado cometidos em lugares santos, como capelas, igreja, e altares de Deus.
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Em 1658, uma outra freira foi também possuída de livre vontade em pacto demoníaco. Tal sucedeu em Auxonne, sendo que em troca o demónio concedeu á freira poderes invulgares e sobrenaturais. Tal foi observado pelos seus inquisidores, quando no decorrer de um interrogatório a freira ergueu um pesadíssimo vaso de mármore cheio de água benta, apenas com os seus dedos mindinhos. ( para saber mais, leia: MAGIA NEGRA E POSSESSÕES DEMONÍACAS )
9
Há muitos casos historicamente documentados sobre a existência de freiras satânicas – ou bruxas que eram simultaneamente freiras seduzidas pelo Diabo, e ao serviço de Satanás – Sobre o aparecimento das freiras satânicas que realizam trabalhos de magia negra e bruxaria através de Pacto selado com o Diabo, há vários exemplos e factos históricos. Um dos mais conhecidos, ocorreu no convento de Capri, nos anos 1630. Ali, a famosa irmã Dealta Martinelli foi uma das freiras seduzidas pelo demónio, e que se dedicou á pratica da bruxaria. A freira entregou-se carnalmente ao Diabo em acto de impura lascívia carnal, sendo que pela consumação de pecado, de sacrilégio e de profanação dos sagrados votos do celibato para com Deus, o Diabo selou com a freira o seu Pacto demoníaco, e em troca concedeu-lhe os dons da bruxaria e artes de magia negra, assim como especiais poderes nas magias de amor ou amarrações. A freira Dealta acabou por recrutar outras irmãs do convento, sendo que o sucedido acabou por chegar á atenção da Santa Inquisição, uma vez que os eventos sobrenaturais e heréticos ocorridos no convento tornaram-se conhecidos. As freiras possuídas eram descritas como frequentemente jogando-se no chão, gritando abruptamente sem provocação, sofrendo súbitas mudanças drásticas na temperatura do corpo e caindo precipitadamente em um sono profundo do qual não podiam ser despertadas” A Inquisição local interrogou as freiras, assim como os exorcistas do Vaticano entre abril de 1638 e fevereiro de 1639. Várias freiras acabaram por confessar a origem do fenómeno, que residia na freira Dealta Martinelli, revelando que a freira teria sido seduzida pelo demónio, e com ele firmado pacto demoníaco, através do qual recebeu os dons da bruxaria. A freira praticava assim poderosos bruxedos de magia negra, e muita gente recorreu secretamente dos seus préstimos. A freira resolvia com impressionante sucesso tudo que eram problemas relacionados com amor e luxuria, e a sua fama tornou-a celebre na feitura de magia de amor. Ela e as suas companheiras de bruxaria ficariam conhecidas como as freiras satânicas., e os seus préstimos eram abundantemente procurados e principescamente pagos.
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Isabel Cockie , Janet Wishart e Helen Rogie, foram três das bruxas que se diz terem pertencido ás celebres bruxas de Abardeen, na Escócia. Há relatos históricos sobre tais bruxas que ficaram celebres por volta de 1596. As bruxas de Abardeen reuniam-se em grupos de 13 membros. Diz-se que o demónio presidia a essas reuniões satânicas, e incorporava ou num veado, ou num javali, ou num bode negro, ou num cão preto. O demónio fazia-se acompanhar de uma rainha dos infernos, e também ela incorporava num animal. Dizia-se que os bruxos e bruxas deviam beijar os demónios nas suas nádegas em sinal de obediência e submissão, assim como haviam relatos que afirmavam que os demónios possuíam carnalmente as bruxas em pecaminosa luxuria. Na sequência destes eventos sucedidos na Escócia, James I publicou a sua obra Daemonolgie, versando sobre a existência de bruxas e os seus pactos demoníacos. Diz-se que estas bruxas eram conhecedoras de fortes segredos de magia negra, e através de trabalhos de magia negra lançaram maldiçoes de vingança sore varias pessoas , e fizeram os mais fortes trabalhos de amarração de magia negra para fomentar situações de adultério. Os seus trabalhos de amarração eram tão poderosos como lendários.
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Estranhos eventos começaram a suceder na ilha de Magee, na Irlanda. O caso sucedeu por volta de 1711, quando a casa e propriedade de James Haltridge , filho de um pastor presbiteriano, começou a sofrer de estranhos fenómenos. Fosse o proprietário, ou a família, ou os empregados da casa, os residentes daquela propriedade viam os lençóis das suas camas serem puxados por uma pessoa invisível, pedras eram jogadas aos vidros da habitação sem que ninguém lhe tocasse, pessoas tropeçavam ou eram atiradas para o chão por uma presença invisível, louça caía ao chão sem ninguém lhe mexer, objectos desapareciam para reaparecerem invertidos noutro local, e chegaram mesmo a encontrar-se crucifixos misteriosamente virados de cabeça para baixo. Certa noite ao recolher aos seus aposentos, a idosa mãe de Haltridge sentiu uma mão tocar-lhe nas costas, e passados dias estava morta. Os rumores espalharam-se, e as pessoas da vizinhança começaram a suspeitar da presença de uma bruxa, de bruxedos e de magia negra. Logo após a morte da idosa, uma jovem empregada da casa – de nome Mary Dunbar – , começou a manifestar sintomas de possessão demoníaca. Mary Dunbar afirmava que tinha visões nas quais estava a ser atacada por varias mulheres, e era quando estava assolada por essas visões que entrava em transe, perdia controlo sob o seu corpo, e ficava possessa, sofrendo de violentas convulsões. Confirmava-se assim a existência de uma bruxaria. Foram descobertas sete bruxas nas imediações, a quem chamaram as bruxas de Magee. Diante das bruxas, e havendo as bruxas sido ordenadas a libertar a empregada da possessão demoníaca, a jovem May Dunbar inexplicavelmente vomitou penas de aves pretas, alfinetes pretos, botões de um colete de homem , e outros objectos usados nos trabalhos de magia negra feitos pelas sete bruxas.
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Em 1669 sucedeu o celebra caso das bruxas de Mora, que assumiu tais proporções que levou á intervenção do rei Carlos XI da Suécia. Na região da Dalecarlia – Suécia – , começaram a suceder estranhos fenómenos e eventos que começaram a causar estranheza e temor na população. Começaram ali a surgir aparições fantasmagóricas, mortes inexplicáveis, possessões demoníacas, e os sinistros eventos causaram uma onde de receio pelas povoações. Suspeitou-se da actividade de bruxas, de magia negra e de bruxarias, o que veio a confirmar-se. Houve relatos confirmados e documentados sobre a existência de 23 bruxas envolvidas em actividades do oculto.O grupo das 23 bruxas constituía uma colmeia de bruxas satânicas que se havia fundado na zona. Uma colmeia de bruxas é um pequeno grupo ou comunidade de bruxas – regra geral de 3 a 13 bruxas, neste caso sendo de 23 bruxas – que se reúnem para prestar culto ao Diabo, assim como praticar magia negra. O termo colmeia vem da ideia que a sociedade das bruxas é uma sociedade matriarcal, no topo da qual se encontra um Rainha e nao um rei, tal como sucede nas colmeias. È uma inversão do esquema social estabelecido pelo Deus dos Cristãos, no qual o chefe tanto da família, como da igreja, é sempre um homem. E tal como nas colmeias todas as abelhas, sob autoridade de uma rainha, trabalham laboriosamente para uma finalidade, pois o mesmo sucede nas colmeias de bruxas, nas quais – tal como dedicadas abelhas trabalhadoras -, cada bruxa se entrega laboriosamente aos fins da magia negra.Mesmo quando separadas e questionadas individualmente, as bruxas desta colmeia – chamadas as bruxas de Mora – contavam os mesmos factos. As bruxas de Mora confessavam que tinham reuniões ocultas – sabats satânicos – onde se fazia a invocação de demónios. Homens havia sido seduzidos e levados a participar nessas reuniões fosse por influencia de bruxas, ou de demónios sucubus, e ao participar nessas reuniões, eles acabavam irremediavelmente possessos pelos demónios invocados, tornando-se também eles bruxos. As reuniões ocorriam numa grande casa existente num prado ermo chamado Blocula, mas também houveram sabbats negros celebrados em encruzilhadas.Nessas reuniões satânicas, os participantes renunciavam á Igreja, eram baptizados pelo demónio, celebravam pacto com o Diabo, e depois seguiam participando em festins lascivos onde se praticavam actos de promiscuidade, assim como se planeava a feitura de trabalhos de magia negra e bruxarias. Nestas reuniões satânicas, o demónio invocado faziam-se incorporar num homem de barba ruiva, um senhor que aparecia trajando um longo casado negro. As reuniões eram frequentadas tanto por bruxas já maduras, como por jovens donzelas que se submetiam ao baptismo pelo Diabo, e depois se entregavam a ritos orgiásticos com os demónios. Como resultado, varias bruxas engravidaram, e deram á luz crianças que eram descendência de demónios. Algumas dessas mulheres foram mais tarde vistas a dar á luz bebes que eram imediatamente baptizados com sangue de serpentes ou sapos, confirmando assim a sua progenitura demoníaca. Este grupo ou colmeia de bruxas teve tamanho poder na Suécia do século XVII, que até o próprio rei temendo a sua proliferação e temíveis actos de magia negra, teve de intervir.
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