Amarrações para luxuria
Amarrações para luxuria, são amarrações usadas para finalidades essencialmente carnais e lascivos. Significa isso que são trabalhos de magia negra usados para alguém conseguir ter ou possuir carnalmente uma pessoa que muito deseja, mesmo que esse desejo seja proibido. As amarrações para luxuria também podem fazer com que uma companheira ou companheiro passe a satisfazer certos caprichos ou desejos lascivos, ou que se tenha com um conjugue uma vida luxuriosa mais intensa e satisfatória. Este tipo de trabalhos de magia negra – como as amarrações para luxuria – é particularmente usado na magia negra com grande sucesso, desde há séculos.
Afonso se Spina ( 1491) era um frei franciscano, que chegou a ser o confessor do rei João de Castilha. Spina escreveu a obra Fortalicium Fedei – 1459 – , e era um autor conhecedor dos segredos da bruxaria, tendo testemunhado pessoalmente vários casos de bruxarias, e obtido relatos de bruxas sobre as suas praticas ocultas. Ele descreveu como nas suas reuniões satânicas, as bruxas veneravam um veado ou um bode negro no qual o espírito de Satanás tinha incorporado, assim como a forma obscena as bruxas como lhe prestavam reverencia, e até os actos de concupiscência que o demónio tinha com as bruxas.
O juiz e caçador de bruxas Pierre de la Lancre, ( 1553 – 1631), que esteve ao serviço do rei Henrique IV, deixou relatos documentados nos quais uma bruxa do sul de França, em 1609, lhe revelou que durante alguns sabbats satânicos o Diabo fazia-se aparecer, incorporando num bode, num touro, num homem negro, ou num cão preto. A bruxa revelou que quando se tocava no diabo ele era gelidamente frio, e que as bruxas se lhe submetiam beijando as suas nádegas, assim como os seus cascos e as suas pegadas no chão. Muitas bruxas queixavam-se que a copula com o demónio era dolorosa, e o seu membro era frio. Algumas das bruxas mencionavam também que o sémen do Diabo é igualmente frio. No seu «Dictionnaire Infernal», um tratado de demonologia publicado em 1818, Jacques Collin de Plancy ( 1793 – 1881) – um célebre ocultista e demonologista Francês – fala de uma bruxa de nome Maria Mariagrane. A bruxa Maria Mariagrane dizia ter visto e presenciado o Diabo a copular com um vasto número de mulheres durante a celebração de Sabbats. A bruxa Maria Mariagrane afirmava também que o Diabo abordava sempre as mulheres bonitas de frente, e as menos atraentes por trás. A bruxa afirmava também que o Diabo preferia a sodomia sobre todas as outras formas de prazer lascivo. Seja como for, os prazeres da luxuria são uma das propriedades do Diabo, um dos reinos de Satanás, pelo que as amarrações de luxuria feitas através de trabalhos de magia negra, são sempre – sempre – as mais poderosas que existem.
Nestas mesmas reuniões ou sabbats satânicos, os bruxos ajoelhavam-se e veneravam submissamente as bruxas, beijando-as nos pés, nos joelhos, no ventre, nos seios e nos lábios, seguindo-se a isso festins de lascívia onde os demónios possuíam as bruxas diante dos bruxos, em acto de deliberado adultério que conspurcava o santo matrimonio de Deus. Aliás, ao aliciarem mulheres para se converterem em bruxas e devotas de Satanás, os demónios tendiam a ter uma preferência para aliciarem mulheres casadas e mães de filhas fêmeas, pois dessa forma não apenas desviavam e corrompiam almas para fora do caminho de Deus, como depois se banqueteavam nos incontáveis pecados do adultério, e até noutros mais inconfessáveis entre mães e filhas. O tipo de bruxedo e magia negra celebrado por estas bruxas observadas por Pierre de La Lancre, era extremamente eficaz e poderoso quando se travam de amarrações de luxuria.
No seculo XVII, foi existiu uma celebre bruxa em França, de nome Catherine Deshayes.( f. 22 Fevereiro 1680) O nome pelo qual era comummente conhecida, era «La Voisin». A bruxa Catherine Deshayes era famosa pelos trabalhos de magia negra afrodisíacos que preparava, pelos trabalhos de magia negra que celebrava para a fertilidade, mas também cuidava de interromper a gravidez de quem se desejasse. Todas as figuras da alta-sociedade eram clientes frequentes, e no decurso da sua carreira, a bruxa Catherine Deshayes enriqueceu. Com parte da sua fortuna, comprou uma propriedade e nos jardins mandou erguer uma capela. A capela era secreta, privada, e nela eram celebradas Missas Negras. Apenas um círculo muito restrito de pessoas tinha acesso ás cerimonias de magia negra ali oficiadas, e onde a bruxa fazia o culto dos antigos deuses pagãos, agora tidos como demónios pelo cristianismo. Catherine celebrava culto a Astaroth e Asmodeus, dois demónios particularmente poderosos em assuntos de luxuria, de fertilidade, e até mesmo de disputas. A verdade dos factos demonstrava que os seus trabalhos de magia negra eram fortíssimos, pois a sua clientela era vasta, exclusiva, e sempre disposta a pagar qualquer preço, pois os seus resultados eram surpreendentes. Sabe-se que entre os seus clientes estavam princesas, membros da família real, alta-aristocracia, frequentadores da corte do rei Luís XIV, e até o duque de Buckingham. Catherine constituiu a sua própria colmeia de bruxas, e os seus trabalhos de amarração tornaram-se lendários.
Também em França e no século XVII, existiu outra bruxa de nome Lesage, que praticava as suas bruxarias com dois padres, o padre Davot, e o Abade Mariette. Ambos os padres tinham cedido ás tentações da bruxa, e tinham feito pacto com o Diabo, renunciando aos seus santos sacramentos, entregando-se á concupiscência da lascívia e ao pecado da magia negra, tornando-se assim padres satânicos. Ambos os padres e a bruxa Lesage celebraram inúmeras missas negras, algumas na capela de bruxa Catherine Deshayes, e outras em mosteiros e conventos da Igreja. Nesta mesma altura, em 1677, o celebre Abade Guibourg também celebrava Missas Negras, algumas nelas na capela da bruxa Catherine Deshayes. Também ele tinha profanado os seus votos sacramentais da Igreja, feito pacto satânico, e celebrado inúmeras missas negras e sabbats negros com os seus heréticos e profanos festins lascivos.
Também nestes casos, os trabalhos de magia negra tornaram-se lendários e altamente requisitados, tal não eram os seus sucessos, especialmente em amarrações sexuais, ou amarrações para fins sexuais.
Nicolas Remy, ( 1530-1616), na sua obra Demonolatreiae ( 1595), descreve que nos Sabbats, Satanás determinou que as bruxas deveriam «conspurcar-se aos santos domingos de Eucaristia entregando-se a demónios incubus e sucubus, contaminar-se com o pecado da sodomia ás quintas-feiras, e ao sábado cometerem a herética prostituição com a abominação da bestialidade»
Assim se sabe:
A propensão dos espíritos – invocados pela magia negra – , para levarem alguém a praticar os mais lascivos desejos carnais, é reconhecida, e está documentada historicamente.
Pois por isso, as amarrações para luxuria, são trabalhos de magia negra com garantia de resultados que é comprovada ao longo de séculos.
Amarrações para luxuria ?
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