Demónios e trabalhos de magia negra

Demónios e trabalhos de magia negra

O Códex Latinus Monacensis, é um manuscrito que foi descoberto, e encontra-se na biblioteca da Baviera. Escrito em alemão, porem com formulas magicas em italiano. O livro continha o resumo de uma versão do liber consecraciounum , uma lista de espíritos, fórmulas para os invocar, um manual para magia astral, listagem dos dias adequados para a feitura de símbolos mágicos. O Manual de Munique, atribuído por alguns a Roger Bancon – famoso padre e filosofo Inglês – ( 1214 – 1292), descreve formas de invocação de demónios, deixa avisos sobre as formas pelas quais os espíritos tentarão perturbar o conjurador, assim como dá indicações sobre os métodos para lidar correctamente com uma conjuração de magia negra.

Houveram também outros poderosos Grimórios de magia negra inspirados em saberes hebraicos e arábicos na Idade media, como o Lemegeton e Liber Officiorum, onde se catalogam os vários reis, duques, marqueses e condes dos infernos.

A maioria dos demonologistas da antiguidade defendiam que a feitiçaria popular e tradicional aliada ao satanismo, ( que consiste na adoração ao Diabo, e aos demónios, ou a deuses pagãos), gerava a bruxaria, a magia negra, um pecado considerado herético e da maior gravidade contra a Igreja. Nicholas Jacquier ( n. 1402), foi um padre dominicano e demonologista que escreveu diversas obras sobre bruxas e bruxaria, incluído o influente «Flagellum Haereticorum Fascinariorum» de 1452, no qual Jacquier afirma que a bruxaria é a mais forte e condenável das heresias. È a máxima heresia. Por isso mesmo, explica-se a preferência do Diabo e dos demónio por desviar as almas que mais cobiçam para os caminhos da bruxaria, pois assim estão a induzir ao mais apetecível dos pecados, que é a máxima heresia da magia negra.

No «compendium maleficarum» , ou o «O COMPÊNDIO DAS BRUXAS» de 1608, do padre Italiano Francesco-Maria Guazo (n. 1570)  , são descritas as varias finalidades para que uma bruxaria podia servir, assim como os seus poderosos  efeitos. O padre observou pessoalmente casos de bruxaria, de magia negra e possessões demónicas, tendo sido testemunha dos poderosos efeitos da magia negra.

O medico bávaro Joahannes Hartlieb ( 1400-1468), foi um dos famosos estudiosos que se dedicou a pesquisar sobre as artes proibidas da magia negra, a catalogou uma serie de grimórios. Porem, sendo o seu próprio livro – o catalogo sobre grimórios -, uma porta aberta ao conhecimento desses grimórios – normalmente mantidos ocultos e em segredo – , o dr Hartlieb debateu-se com o perigo que a sua própria obra representava, caso caísse nas mãos erradas. O dr Hartlieb deu assim valiosas referencias sobre alguns dos mais míticos e famosos grimórios de magia negra, sendo eles: Sigillum Salomonis, Clavicula Salomonis, Hierarchia, Shemhamphoras. Algumas destas obras eram atribuídas ao lendário rei Salomão, e falavam sobre as formulas ocultas para se invocarem e comandarem demonios de forma a alcançar finalidades mágicas.

Outro famoso Grimório conhecido de todos os eruditos de magia negra, é o Picatrix. Nos finais do sec XIV, um historiador árabe chamado Ibn Khaldun falou sobre o livro, avisando sobre os temíveis ensinamentos diabólicos ali contidos, e dizendo mesmo que o livro era digno apenas de padres do diabo. O livro foi originalmente escrito em arábico entre 1047 e 1051, algures em Espanha. O rei Afonso X de Castilha, encomendou uma tradução para espanhol em 1256. Hoje em dia, calcula-se que ainda existam dezassete copias que tenham sobrevivido á voracidade dos saques, destruição e devastação da santa Inquisição. A influencia deste livro pode ser observada na própria obra do celebre ocultista Agrippa von Nettesheim, um contemporâneo de Faustus, o celebre doutor que fez o lendário pacto com o demónio. Outro Grimório famoso foi o Enchiridion de Papa Leão III.

O demonologista renascentista Girolamo Menghi (1529 – 1609), autor do Compendium of the Arts of Exorcism , a firmava que através dos trabalhos de magia negra, infinitas eram as formas que os demónios podiam assumir para se aproximar e influenciar o homem e a mulher. O demonologista aderiu á ordem dos franciscanos 1552. Foram varias as obras que escreveu, tais como Flagellum Daemonum ( 1557), Fustis Daemonun ( 1588), e o Compendium ( 1576). Nessas obras Menghi afirma que os demónios são espíritos, e por isso não tem sexo, isto é, não são macho nem fêmea. Por isso, eles apresentam-se ao ser humano conforme a própria inclinação natural do ser humano aos qual eles se estão a manifestar, de forma a favorecer o desejo da pessoa que o demónio deseja possuir. Se se trata um homem que goste de mulheres, o demónio far-se-á apresentar num corpo de uma linda mulher do agrado desse homem; se for uma mulher que se agrade com homens, então far-se-á apresentar na forma de um belo homem que lhe agrade; a carnalidade é por isso um meio para chegar a um fim. Ora, o meio é a sedução e o desejo, sendo que o fim é a corrupção daquela pessoa, a possessão daquela pessoa, levando-a aos caminhos da magia negra. Foi justamente por este meio, que muitos padres e freiras satânicas foram seduzidos por demónios, levados a subverter os seus sacramentos, e a celebrar Pacto com o diabo, por meio do qual receberem os ímpios sacramentos satânicos, e passaram oficiar nas artes da magia negra, celebrando os mais poderosos trabalhos de magia negra.

Grimórios como estes, foram e ainda são usados na feitura dos mais fortes trabalhos de magia negra.

No século XI, Michael Psellus ( 1018 – 1078), um autor bizantino, classificou os demónios conforme a natureza da sua essência.

E de acordo com Psellus, as suas variedades eram:

Igneos, que se manifestavam através do fogo, ou no fogo,

Aéreos, que se manifestam através do ar, do vento, etc;

Terrenos, que se manifestam na terra, em certos terrenos, em cartas habitações, em certos solos, em certa vegetação, etc

Aquosos, que se manifestam na água, ou através da chuva, etc

Subterrâneos, que habitam no interior da terra

Lucifugus, que se manifestam e habitam na escuridão, detestando a luz

Para além do famoso Malleus Maleficarum , criado em 1486 por H. Kramer e Jacob Sprenger,  já no sec XVI, Peter Binsfeld, um bispo, juiz e caçador de bruxas alemão, escreveu a obra De confessionibus maléficorum at sagarum – «confissões das bruxas» , 1598 – , onde estabeleceu uma relação directa entre os 7 pecados mortais e 7 demónios regentes do inferno, ou 7 demónios.

Assim constava nas «Confissões das bruxas» de 1598:

O pecado do Orgulho é pertença e domínio de Lucifer

O pecado da Avareza e do amor ao dinheiro é pertença e domínio de Mammon

O pecado da Luxuria, dos desejos proibidos e pecaminosos, é pertença e domínio de Asmodeus

O pecado da Cólera, do ciúme, da ira justificada ou injustificada, da violência, é pertença e domínio de Satã

O pecado da Gula, alcoolismo, viciosidade a drogas, etc é pertença e domínio de Beelzebu

O pecado da Inveja, da cobiça pelo que é dos outros, etc é pertença e domínio de Leviatã

O pecado da Preguiça, da autoindulgência, etc, é pertença e domínio de Belphegor

A estes demónios – e ás legiões de espíritos de trevas que cada um deles comanda – pode-se apelar através de trabalhos de magia negra ou bruxaria, seja para infestar pessoas alheias com maldiçoes relacionadas com estes pecados, seja para obter favores próprios no exercício destes pecados.

Porem:

Saiba-se que sobre todos estes 7 príncipes dos Infernos e os seus respectivos pecados, paira a regência e poder da santa trindade infernal. Para saber mais, veja: Demonios e demonologia

Há várias obras de demonologia historicamente marcantes e influentes, como o De lá Dèmonomanie des Sorciers ( 1580), de Jean Bodin, o Tratactus de Confessionibus Maleficorum et Sagarum ( 1589), de Peter Binsfeld, o Daemonologie ( 1597), de James I , o Disquisitionum Magicarum ( 1599) de Henri Boguet, o Compendium Maleficarum ou o Compêndio das Bruxas ( 1608) de Francesco-Maria Guazo, o Tableau de de l’Inconstance des Mauvais Anges ( 1612),  de Pierre Lancre,  ou o De Demonalitate ( 1700)  de Luduvico Maria Sinistrari.

Muitos demonologistas concordaram que alguns dos Príncipes dos infernos eram Astaroth, demónio conhecedor de todos os segredos; Asmodeus, demónio da raiva e da luxuria, Baphomet  geralmente identificado com o bode que assiste aos Sabbat das bruxas; Beelzebub, Príncipe dos demónios identificado com a gula; Belphegor que torna os homens preguiçosos; Lilith, uma demoniza que é uma das rainhas do inferno, rainha dos demónios Sucubbus e a primeira de todas as bruxas, que nocturnamente suga a energia vital do corpo dos homens; Lúcifer, governante do Submundo e provocador de orgulho nos homens; Satanás, o primeiro rei do submundo e o tentador, também governador das bruxas;  Mammon, que leva os homens ao amor desmedido pelas riquezas; Abraxas, um demónio antes venerado como um Deus, e que com o seu chicote pode causar todo o tipo de enfermidades e até mesmo a morte; Mephistopheles, o misterioso demónio que se confunde com o próprio Diabo; e Leviatã, o demónio da inveja, essa que devasta vidas, que é mãe e padroeira do mau olhado. Por esse motivo, trabalhos de magia negra envolvendo mau olhado, ou envolvendo a cobiça por aquilo que é alheio, chama sempre aos poderes do demónio Leviatã.

E como fazem as bruxas para fazer trabalhos de magia negra para amarrações?, ou para separar casais?, ou para obter vingança ?, ou para causar impotencia sexual?, etc….

Desde o inicio dos tempos,  as verdadeiras bruxas celebram as suas fortes bruxarias e trabalhos de magia negra usando destes ancestrais conhecimentos de demonologia, assim como sabendo das formulas certas para invocar estas entidades, de forma conjurar o espírito certo para o bruxedo certo; assim, conjura-se o demonio adequado para cada tipo de finalidade que se pretende alcançar. Porem: apenas saber o demonio de nada valerá, se não se souber como invoca-lo apropriadamente, pois conjurando-o erradamente, então na melhor das hipóteses a entidade não se manifestará e nada sucederá, mas na pior das hipóteses ela poderá responder iradamente, e causar os mais atrozes tormentos na vida do curioso que foi mexer naquilo que não devia, e da forma errada. Usar da magia negra, é como usar do fogo: usado correctamente e adequadamente, ele coze o alimento que nos alimenta, aquece-nos, e ajuda-nos; Porem: usado erradamente e inadequadamente, ele pode queimar tudo á volta de quem o está a lidar, e até mesmo ao próprio, ou áqueles que ele mais ama.

Por isso: irem leigos ou curiosos  conjurar entidades destas sem terem um profundo vinculo com o mundo do espírito, com o mundo do além-túmulo, com o reino dos mortos e o submundo das assombrações… isso pode resultar em trágicas possessões demoníacas, e até fatalidades. Já imensos foram os casos documentados de pessoas que por brincadeira, ignorância ou desconhecimento foram meter-se a mexer naquilo que desconheciam ou não dominavam, e acabaram por sofrer trágicos desfechos. Por isso: se pretende um forte trabalho de magia negra, então consulte a bruxos e bruxos que sabem sobre os mistérios da magia negra, e sabem naquilo que estão a lidar.

Quer um poderoso trabalho de magia negra?

Quer um poderoso trabalho de bruxaria?

Venha falar com quem sabe.

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