Trabalhos de magia de amarração
Na França do século XVIII, um grupo de bruxos tornou-se famoso. A liderá-los, estava o abade Lecollet e o abade Bournement, que por volta dos anos de 1723 celebravam heréticas missas negras dentro de igrejas. Os abades Lecollet e Bournement tinham cedido aos seus apetites pelos conhecimentos da magia negra, e invocaram o Diabo, que respondendo-lhes os fascinou com os poderes de as sabedorias do oculto podiam desvendar, desse modo levando-as a celebrar pacto com Satanás. Assim, os abades tornaram-se padres satânicos e bruxos, daí em diante celebrando missas negras que eram oficiadas dentro de igrejas. Ali, os festins de luxuria profanavam a santidade das paredes dos santos templos, e as obscenidades celebradas nos altares das igrejas eram um sacrilégio de tal forma herético, que os demonios exultantes de regozijo respondiam aos chamamentos, e incorporavam em bruxas e bruxos através de possessão demoníaca, assim participando carnalmente nos banquetes de depravada devassidão e pecado. Seguia-se a feitura de trabalhos de magia negra, que sendo celebrados no frenesi daqueles deleites satânicos, adquiria um tal poder que gerava efeitos espantosos.
O abade Jean-Baptiste Fiard (1736-1818), na sua obra Lettres sur le Diable de 1791, descreve as blasfémias cometidas nestas eucaristias satânicas das missas negras. Algumas dessas missas negras foram também praticadas em capelas ou altares privados criados para a finalidade da magia negra, onde havia um altar dedicado a imagens sagradas de Deus, da Virgem e dos santos, e diante do qual era prestado culto ao Diabo numa profana blasfémia, e seguidamente eram realizadas as mais depravadas obscenidades em impia heresia, pretendendo-se assim dessacralizar a santidade do altar, e causar agrados a Satanás. Os agrados eram bem-sucedidos, e os demonios respondiam aos chamamentos desses bruxos e bruxas, recompensando-os com a revelação de sabedorias ocultas com as quais se celebravam os mais fortes trabalhos de magia negra.
Zepar é um dos 72 Espíritos de Salomão, um demónio que gosta de se manifestar na forma de um soldado, e que tem o poder de inflamar as mulheres e os homens com ardente desejo por quem for que os mande embruxar. È um demónio a quem as bruxas da Idade Media recorriam em fortes amarrações amorosas. Já Zizuph, é um dos demónios do grimório Nuctemeron, e é um Génio capaz de desvendar todos os mistérios do coração. O famoso grimório Nuctemeron , é a obra esotérica de Apolónio de Tiana, ( século I a.C), um homem a quem se atribuem vários milagres, inclusive a ressurreição de mortos, e a transfiguração. Por a sua vida, obra e milagres serem tão idênticos aos de Jesus, e porem terem ocorrido um século antes do nascimento de Cristo, a Igreja destruiu praticamente todos os vestígios da sua obra, dos seus livros, e da sua existência. Nuctemeron significa «o dia e a noite», simbolizando o dia que nasce da noite. A obra de Apolónio esta dividida em doze horas como num relógio, e cada hora corresponde a um ensinamento espiritual. Alguns dos demónios revelados no Nuctemeron, eram frequentemente invocados pelas bruxas nos seus trabalhos de magia negra.
O notório demonologista Johanes Weyer ( 1515 – 1588), discípulo do célebre ocultista Cornelius Agripa ( 1486 – 1535), e autor do influente Pseudo Monarchia Daemonum, menciona na sua obra o demonio Bael, que gosta de se manifestar na forma de um sapo, ou de um gato, ou de um homem. Este demónio pode atribuir astucia e engenho para se alcançar sucesso em qualquer tipo de demanda, e por isso algumas bruxas recorriam á sua invocação quando nas amarrações, era necessário abrir caminhos em situações mais delicadas ou complicadas.
Quando os demónios recompensavam as bruxas após os Sabbat, revelavam-lhes o conhecimento sobre todos estes e muitos outros demónios, assim como as demais sabedorias que permitem executar os mais fortes trabalhos de magia negra, e faziam-no fosse falando-lhes directamente, fosse dando-lhes antigos grimórios que continham esses segredos do oculto. E era com esses trabalhos de magia negra que as bruxas geravam as mais fortes amarrações, das quais não havia escapatória. Aqueles que fossem embruxados com tais amarrações, acabavam sempre por ir entregar-se irresistivelmente enamorados e arrebatadamente apaixonados por quem os tivesse mandado amarrar, e desejando essa pessoa como se não houvesse mais ninguém á face da terra.
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