Trabalhos de magia negra de amarração
Na obra Dialogue with Trypho (155 d.C), de são Justino, o mártir ( f. 165 d.C), afirma-se que os anjos pecaram por amor e desejo das mulheres, assim como Satanás também desejou Eva, a quem ela se entregou. Foi sempre a luxuria e o desejo pelas mulheres que levou os anjos á queda, e á sua condição demoníaca. E como tal, desde então que os demónios fomentam a luxuria e os amores, desde os mais matrimoniais e rotineiros, aos mais adúlteros e inebriantes, até aos pecaminosos e proibidos, pois foi por esse pecado da concupiscência que eles caíram, e é nesse pecado que eles melhor reinam. Por esse motivo, sempre se soube que as amarrações de magia negra, apelando aos demónios como apelam, são aquelas que infestam as pessoas com os mais irresistíveis desejos amorosos, e as fazem cair em todo o tipo de amores.
Alguns dos encantamentos usados nas mais fortes amarrações de magia negra, devem em parte o seu poder invocatório de demónios adequados ao bruxedo que se deseja, devido á forma como estão formulados ou escritos. E isso encontra-se relacionado com formulas ocultas de construção desses encantamentos, e que estão ligadas a métodos como o alfabeto de demónios.
Almanach du Diable era o título de um almanaque do ano de 1737/38, publicado por influências e mensagens demoníacas recebidas do inferno, por um ferreiro de Dijon, que se tornou bruxo. Não foram raros os casos de poetas e ferreiros que se tornaram bruxos, uns porque atraiam os demónios a inspirarem-lhes obra artística e ideias que se propagassem pelo mundo, e outros porque lidavam na própria essência do inferno, que é o fogo. Algumas das revelações deste almanaque encontravam-se codificadas, e apenas alguns podiam verdadeiramente entender todo o alcance dos escritos ali impressos, uma vez que podiam ser lidos tanto com o vulgar alfabeto humano, como com um alfabeto dos demónios. Não foi caso único, uma vez que boa parte da obra de s. Cipriano, o bruxo (f. 258 d.C), encontra-se igualmente encriptada com métodos desta natureza, para que o vulgar leitor apenas leia o texto que está a ver, e porem os bruxos eruditos possam ler o texto oculto que se encontra por detrás das palavras vulgarmente compreensíveis. No fundo, trata-se do mesmo processo através do qual os ancestrais profetas Hebreus escreveram a Sagradas Escrituras, nelas encriptando mensagens secretas que estão escondidas por detrás do texto que qualquer leigo pode ler, e que por isso estão apenas acessíveis a tem detêm a chave para descodificar a sua encriptação. A essa chave e a esse método, chama-se a Kaballah hebraica.
Alguns ancestrais grimórios e textos demoníacos continham um alfabeto secreto que associado a certos sigilos ocultos, permitiam realizar fortes invocações de espíritos de trevas. Um desses alfabetos era o famoso Alfabeto dos Demónios, por vezes também chamado de Alfabeto do Génios. Uma das mais consensuais versões desse alfabeto demonológico é aquela que se segue. Neste alfabeto de demónios, cada letra corresponde a um demónio, e por isso cada letra em sí tem um poder invocatório especial. Porem, associando-se letras, é possível conjugar variações de apelos a vários demónios que são uteis para certos assuntos específicos. O segredo do uso deste alfabeto de demónios, era um segredo bem guardado pelas bruxas.
Alfabeto dos demónios
Agiel
Belah
Chemor
Din
Elim
Fabas
Graphiel
Hecadoth
Iah
Kne
Labed
Mehod
Nebak
Odonel
Pamiel
Quedbaschemod
Relah
Shethalim
Tiriel
Vabam
Wasboga
Xoblah
Yshiel
Zelah
Em 1286, um padre apóstata que havia feito pacto com o Diabo tal como s. Cipriano o tinha feito, tornando-se assim um padre satânico conforme alguns afirmam que s. Cipriano também foi, e celebrava missas negras na abadia de Rievaulx nas quais lançava fortes bruxedos de amarração de são Cipriano, que causaram memoráveis efeitos em muitas pessoas contaminadas pela magia negra. Nas suas liturgias satânicas, padre fazia-se sempre acompanhar de um velho manuscrito de s. Cipriano, o bruxo, do qual retirava encantamentos que usava nos seus heréticos ritos de magia negra. Nesses ensinamentos do velho manuscrito, encontravam-se encantamentos elaborados conforme o Alfabeto dos demónios, tal como s. Cipriano, o bruxo, os tinha ensinado a formular. De tal forma eram poderosos os ensinamentos de Cipriano, o bruxo, que mulheres começaram a entregar-se arrebatadas por ardentes paixões, e homens perderam o juízo com irresistíveis ímpetos amorosos, indo sempre a pessoa amarrada entregar-se enamoradamente a quem a tinha mandado amarrar. Os eventos reais chegaram ao conhecimento do bispo de York, e acabaram assim registados para a história.
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