Trabalhos de magia negra para ganhar dinheiro
Arthur Edward Waite ( 1857 – 1942), foi um ocultista Inglês nascido dos Estados Unidos da América, e criador do célebre baralho de Tarot Rider-Waite. Para alem disso, Waite foi o autor da obra Unknown World. O místico e demonologista Norte-Americano Arthur Edward Waite foi também autor do notório Book of Black Magic and Pacts ( 1910), ou «Livro da Magia Negra e Pactos». Waite mencionou nos seus escritos o The Arbatel of Magic , algumas vezes chamado Isagoge, que é um grimório trazido á terra por um anjo chamado Arbatel. Sabe-se que o livro não sobreviveu aos tempos, tendo dele restado uma versão incompleta de apenas alguns fragmentos. Este grimório possuía formulas de invocação de anjos, demónios e génios, assim como os seus nomes. Neste ancestral grimório, constavam também os nomes de demónios olímpicos ou Jâmblicos. Alguns destes demónios, eram invocados pelas bruxas da Idade Média em trabalhos de magia negra para favorecer a boa-sorte e o dinheiro, pois esses espíritos demoníacos tinham especiais poderes nesses assuntos. Por exemplo: Ananyzapata era indicado em ancestrais grimórios como um demónio com poder e tutela sobre tesouros ocultos, e que concede favorecimentos em assuntos de dinheiro. Os seus companheiros demoníacos são os demónios Gaziel e Fecor; Aratron é um dos demónios Jâmblicos ou demónios Olímpicos, regente das forças astrais de Saturno, e que pode conceder ouro ou riquezas; Cimeries, é um marquês do inferno, um demónio a quem lhe agradava aparecer montado num cavalo negro. È um demónio erudito, a quem lhe agrada a literatura, inspirando poetas. Porem, é também um dos demónios que abre o caminho a riquezas. Este demónio costuma fazer-se manifestar frequentemente no continente Africano. È um demónio Enochiano, um dos 72 Espíritos Enochianos; Lucifuge Rofocale, é o nome dado a um demónio mencionado no Grand Griomoire, e que como observa o historiador e ocultista Waite, é uma variação do termo «portador de luz», que é Lucifer. Este demónio quando é invocado, deve sê-lo na qualidade de um chamamento endereçado ao «Imperador Lucifer», e tem o atributo de se for sua vontade, conduzir a riquezas.
O famoso «Compendium Maleficarum» , ou o «Compêndio das Bruxas» de 1608, do notório padre e demonologista Italiano Francesco-Maria Guazo (n. 1570), no capitulo VI do Livro I, faz nota sobre os famosos trabalhos de magia negra de são Cipriano (f. 258 d.C), e como eles foram suportados pelo pacto que o bruxo Cipriano fez com o Diabo, e que lhe concedeu preciosos conhecimentos ocultos. E alguns dos famosos trabalhos do bruxo Cipriano eram bruxedos que concediam boa-sorte no jogo. Foi famoso o capitulo na sua obra em que se descreve como através da invocação do demónio, um camponês de nome Siderol ganha uma considerável quantia ao jogo.
No mesmo «Compendium Maleficarum» , ou o «Compêndio das Bruxas» de 1608, é possível ler-se que «o Diabo, se Ele próprio desejar, poderá enriquecer quem o procura.»
Nicolas Remy( 1530 – 1612), foi um demonologista Francês que presenciou pessoalmente vários casos verídicos de bruxas, bruxaria e trabalhos de magia negra. Com as conclusões que retirou das suas experiências e observações, Nicolas Remy escreveu a obra «Demonolatreiae», publicado em 1595. Nicolas Remy menciona na sua obra como na localidade de Douzy, a 30 de Setembro 1586, um certo cavalheiro de nome Seneel de Armentieres recebeu de um demónio a sorte para colher um grande presente em dinheiro. Também uma bruxa de nome Catarina de Metz, por volta dos anos de 1586 era conhecida por ter uma espantosa sorte nas apostas que fazia, e ganhava dinheiro com muita regularidade, por consequência dos trabalhos de magia negra para ter sorte no jogo. Uma outra senhora de nome Jeanne de Bans, em Chalons-sur-Marne, França, depois de ter solicitado um trabalho de magia negra para ter sorte ao dinheiro, encontrou numa estrada deserta uma elevada quantia de dinheiro embrulhada em papel. Já a senhora Catherine Ruffa, em Val-de-Villé, França, apos ter solicitado uma bruxaria de magia negra para ser afortunada pelo dinheiro, ganhou numa aposta uma boa quantia de moedas de ouro. O notório demonologista Lorenzo Anania ( f. 1582), publicou em Veneza o seu grimório «De Natura Doemonum», ( 1581), a que se seguiu uma segunda edição em 1589. Na sua obra, é mencionado que embora relutante em enriquecer quem o procura, porem o Diabo pode ser persuadido a fazê-lo. O motivo da sua relutância, consiste na avareza que lhe é típica por natureza, pois os demónios de muitas formas acumulam debaixo do solo vastas riquezas, tesouros e dinheiro julgado perdido, porem conservando tais preciosidades para si mesmos, sem que jamais vejam a luz do dia.
John Milton ( 1608 – 74), foi o autor de «Paradise Lost», um dos mais célebres poemas demonológicos e esotéricos, terminado em 1663. Há quem afirme que o autor teve uma verdadeira devoção artística a Satanás, assim como há quem o classifique como um brilhante demonologista que expressou pela poesia alguns dos mais preciosos saberes ocultos. Entre os demónios que Milton descreve na sua obra, encontra-se Mammon, o demónio da avareza, aparece no Livro II de Paradise Lost, como um demónio obcecado pelas enormes riquezas que existem debaixo da terra, como filões de ouro, diamantes, prata, tesouros perdidos repletos de moedas de e jóias, etc. o demónio Mammon muitas vezes argumenta que ao invés dos demónios andarem a esticar as mãos a Deus, ou a lançar tentações ao Homem, deveriam antes dedicar-se ao mundo subterrâneo, e explorar as suas fabulosas riquezas. Este demónio é responsável por conceder riquezas, e porem é difícil ser persuadido a fazê-lo, senão através dos meios certos que apenas certos bruxos conhecem.
O Frei André Thévet ( 1502 – 1590), conta na sua obra como testemunhou que parte de um tesouro enterrado na ilha de Paros foi descoberto por intervenção de uma invocação a Satanás, e fazendo-se apelo ao demónio Mammon.
O demónio Ophiel, também chamado de Oriphiel em certos grimórios, é um dos Demónios Jâmblicos ou demónios Olímpicos, classificados pelo célebre filosofo Jâmblico ( 245 – 325 d.C), em nome de quem foram nomeados os demónios Olímpicos. O célebre filosofo Romano Jâmblico estudou ciências ocultas com os Caldeus, e foi discípulo de Porfírio, o Fenício ( 233 – 304) que também estudou os grandes mistérios ocultos da magia Fenícia. Foram estes os grandes povos e mestres que s. Cipriano, o bruxo, (f.258 d.C), conheceu na sua juventude, e com quem iniciou os seus estudos ocultos. Este demónio Ophiel é regente das forças astrais de Mercúrio, forças favorecedoras das actividadades comerciantes, mercantis e ligadas ao dinheiro. A sua capacidade para gerar vibrações atractivas de ouro e dinheiro é magnética e prodigiosa, motivo pelo qual os bruxos da Idade Média, ( inspirados nos textos de s. Cipriano, o bruxo), recorriam á sua invocação para favorecer assuntos financeiros e de prosperidade, sempre com grande sucesso. Já Astaroth ou Astarte, segundo o indicado por vários antigos grimórios, é o tesoureiro do Inferno. Tem por isso enorme poder naquele reino, e é um dos demónios que podem conceder vastas riquezas. Astaroth foi também um dos sete príncipes do Inferno que visitou o celebre Fausto. Já Cipriano o bruxo (f.258 d.C), e o seu pacto com o Diabo, serviu de base a importantes obras escritas sobre a tradição mística de pactos demoníacos, como Cyprian von Antiochen und die Deutsche Faustsage , de publicado em Erlangen, 1882, e que relaciona Cipriano ao célebre pacto de Fausto, de quem Mephistopheles era seu espírito demoníaco familiar. Através desse Pacto, s. Cipriano, o bruxo, obteve conhecimento das formulas para invocar demónios como Astaroth e Ophiel, que tem o poder de conceder os ventos da boa-sorte e favorecimento em assuntos de dinheiro.
Por volta dos anos de 1616, na floresta de Pendle que fica nas terras fronteiriças de Yorkshire, Inglaterra, existiram as famosas bruxas de Lancanshire. Uma das bruxas de Lancanshire era a bruxa Anne Whittle, que era também popularmente conhecida por Chattox. A bruxa Chattox foi abordada pelo demónio que se lhe manifestou na forma de um homem mais velho que a seduziu com os poderes que os ensinamentos da magia negra podiam desvendar. Depois de celebrar pacto com o Diabo, a bruxa recebeu do homem mais velho um espírito familiar demoníaco que incorporou na forma de um belo jovem que a conquistou de corpo e alma logo á primeira vista. O espírito familiar tinha o nome de Mr. Fancie, tomou-a carnalmente na presença do Diabo, e no calor da luxuria mordeu-a, deixando-lhe no corpo a marca da bruxa. A bruxa foi mais tarde visitada por outro demónio que se manifestava incorporado numa cadela de nome Tibbe, que acompanhava a bruxa por todo lado. Esse demónio quando se apresentou pela primeira na sua forma espectral, disse a Anne que a bruxa teria sempre moedas de ouro e prata sempre que quisesse. E na verdade, daí em diante a bruxa foi sempre acompanhada por uma boa sorte, que nunca mais a deixou passar necessidades. As pessoas da localidade comentavam frequentemente como a bruxa parecia sempre amparada por uma boa-sorte, que nunca a deixava passar mal. De uma forma ou de outra, o dinheiro nunca lhe faltava quando a bruxa Anne precisava.
Elizabeth Knapp foi uma notória bruxa que viver na colónia Inglesa de Massachusetts em 1671, a quem o Demónio lhe apareceu, oferecendo-lhe dinheiro, sedas, jóias e riquezas, em troca da sua veneração a Satanás, e a celebração de um Pacto com o Diabo. Assim a bruxa o fez, e por isso, conforme lhe foi prometido a bruxa recebeu na sua vida tais deslumbrantes riquezas, e também realizou bruxedos que providenciavam igual boa-sorte a quem a procurava. Tais eventos tornaram-se de tal forma famosos, que acabaram registados na história do oculto.
Por volta dos anos de 1664, a celebre bruxa Alice Huson de Yorkshire, Inglaterra, era conhecida por receber do demónio vários favores que lhe concediam moedas em dinheiro.
A bruxa Alice Huson habitou em East Riding, Yorkshire, Inglaterra. Era uma viúva, como sucede com muitas das bruxas, a quem o Diabo desejou para sí mesmo, e por isso a tomou logo após o falecimento do seu esposo. Tomou-a lascivamente, marcou-a com a marca da bruxa, e revelou-lhe os segredos das artes da magia negra. Daí em diante, a bruxa dedicou-se ao ofício da bruxaria, oferecendo grandes resultados a quem procurava aos seus préstimos ocultos. A bruxa encontrou-se com o demónio nas charnecas que rodeavam a sua vila, e o Diabo fez-se aparecer incorporado num homem através de possessão demoníaca, e o homem vinha vestido de negro, e montado num belo cavalo negro. O demónio seduziu a viúva, prometendo-lhe que dali em diante nada lhe faltaria, que Ele seria seu esposo e amo, que Ele cuidaria dela, desde que ela lhe dedicasse veneração e prestasse culto. Foi nesse momento que a viúva se ajoelhou e adorou ao demónio, tendo-a ele tomado carnalmente com grande luxuria. Depois do demónio ter copulado com ela, deu-lhe a marca do Diabo, e tendo-se a bruxa ajoelhado novamente ao Diabo e venerado a Satanás, o demónio disse-lhe que fosse fazer uma aposta, que logo ganharia cinco xelins. E assim sucedeu. E depois disso, voltou a receber mais sete xelins. E daí em diante, toda a população local achava curioso como a bruxa tinha sempre algum dinheiro entrando-lhe na bolsa, e nunca dinheiro lhe faltava, tal como o demónio lhe prometera. Havia noites em que um espírito demoníaco familiar a visitava, e alimentava-se de gotas seu sangue. Depois de se alimentar, ensinava-lhe segredos de magia negra, que lhe permitiam executar as mais fortes bruxarias. Estes eventos foram mais tarde escritos em missivas pessoais pelo padre Weellfet, motivo pelo qual acabaram por ficar historicamente documentadas.
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